O caso da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, morta durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, ganhou mais um capítulo doloroso. Após quatro dias de buscas em terreno de difícil acesso, seu corpo foi encontrado em uma encosta de penhasco. No entanto, a divulgação de imagens do corpo pela BBC News Indonésia gerou indignação e revolta nas redes sociais.
A emissora publicou um vídeo mostrando o estado em que Juliana foi encontrada, o que foi considerado desrespeitoso com a vítima e sua família. Após forte repercussão negativa, o conteúdo foi removido do ar, e o canal se pronunciou oficialmente:
“Removemos o vídeo anterior sobre os esforços do resgate da brasileira no Monte Rinjani porque continha imagens que mostravam o estado da vítima. Pedimos desculpas”, publicou a BBC Indonésia em sua conta oficial no X (antigo Twitter).
Queda fatal e resgate complexo
Juliana fazia um mochilão pela Ásia e havia passado pela Tailândia e Vietnã antes de chegar à ilha de Lombok, na Indonésia. Durante uma trilha com amigos no Monte Rinjani, um dos vulcões mais altos do país, ela caiu de um penhasco de 300 metros, em meio à forte neblina e terreno escorregadio.
Segundo relatos, ela ainda estava viva após a queda e gritou por socorro. Imagens captadas por drone mostravam Juliana se movendo, sentada na encosta. Mas as condições climáticas severas e a geografia perigosa dificultaram os trabalhos das equipes de resgate, que só conseguiram alcançar seu corpo na terça-feira (24).
Repatriação e questionamentos
De acordo com o governo indonésio, a retirada do corpo de Juliana deve ocorrer nesta quarta-feira (25), às 6h no horário local (20h de terça-feira no Brasil). O trajeto incluirá um içamento em maca até o posto de Sembalun, seguido de transporte aéreo até o hospital Bayangkara.
A tragédia também levantou questionamentos sobre a segurança da trilha, já que o parque não teria sido fechado mesmo após o acidente. A família da jovem lamentou o ocorrido e agradeceu o apoio recebido nas redes sociais, mas também demonstrou preocupação com a falta de estrutura adequada para resgates em áreas turísticas de alto risco.




