O futuro das corridas de motocicleta em São Paulo enfrenta mudanças significativas. Neste mês de dezembro, a Câmara Municipal aprovou um projeto de lei que endurece as regras para moto-apps. A proposta visa proibir operações em condições climáticas adversas, como tempestades e baixa visibilidade. Esse movimento busca melhorar a segurança, mas levanta controvérsias que afetam usuários, entregadores e empresas do setor.
A proposta, aprovada em segunda votação, estabelece regras rígidas para motociclistas que operam com aplicativos. Exige a instalação de placas vermelhas, restringe a idade das motos e impõe equipamentos de segurança específicos. A circulação será proibida em determinadas vias e em casos de chuva forte ou visibilidade reduzida, com o objetivo de minimizar acidentes em dias de mau tempo.
Reações contrárias às medidas
As plataformas de aplicativos e os trabalhadores do setor contestam essas mudanças. As empresas alegam que as restrições criam barreiras desproporcionais, dificultando a operação dos serviços de mototáxi.
A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia, que representa o setor, argumenta que a regulamentação inviabiliza o serviço na cidade.
As empresas também serão obrigadas a financiar cursos de capacitação para motociclistas, além de fornecer coletes refletivos e capacetes certificados. Essas exigências visam aumentar a segurança dos condutores e passageiros, mas representam um custo adicional significativo para as plataformas.
Impactos no mercado de trabalho
As novas regras impactam diretamente os entregadores e motoristas de moto, um setor já fragilizado. Com a regulamentação, as empresas precisam realizar investimentos substanciais para continuar operando. Isso gera incertezas tanto para os profissionais que dependem do serviço quanto para os usuários que o utilizam diariamente.
O projeto, agora, aguarda a sanção do prefeito Ricardo Nunes. A decisão final pode estabelecer restrições rigorosas para corridas de moto por aplicativos.



