A Praia dos Ingleses, uma das mais conhecidas e movimentadas de Florianópolis, está de cara nova. A prefeitura está finalizando uma ampla requalificação urbana no trecho da Rua das Gaivotas, área nobre do bairro, que deve transformar a experiência de moradores e turistas já neste verão. Inspirada em modelos europeus de urbanismo, a região está priorizando pedestres e ciclistas — mudança que muitos já apelidaram de “dinamarquização” da orla.
As obras incluem a construção de um calçadão totalmente renovado e de uma ciclofaixa contínua ao longo das dunas e da restinga. Antes, o espaço era usado para estacionamento improvisado. Agora, será uma área mais organizada e segura, destinada à circulação ativa. A entrega está prevista para 20 de novembro, com ajustes finais sendo realizados após solicitações da prefeitura para correções de sinalização e placas.
Diferente de outras praias famosas da ilha, como Jurerê e Daniela, Ingleses mantém vida ativa mesmo fora da temporada. O bairro tem forte infraestrutura — transporte público, comércio, serviços e restaurantes — e isso faz da região um ponto de movimento constante. No verão, porém, a praia fica ainda mais concorrida. O mar costuma ser agitado, exigindo atenção, mas há trechos mais tranquilos para famílias.

5 km de praia com opções para todos
Com acesso facilitado pelas rodovias SC-401 e SC-403, Ingleses oferece desde quiosques e mercados até surf no canto norte, onde as ondas quebram melhor. Já o canto sul, mais calmo, é ideal para crianças. Nesse trecho, um deque de madeira junto ao costão garante um passeio agradável e boas fotos.
Dunas, trilhas e história
Para quem gosta de aventura, as dunas do leste são cenário de sandboard — com aluguel de pranchas no local. Outra atração é a Trilha da Feiticeira, que leva até a Praia Brava em cerca de uma hora, passando por áreas verdes e mirantes.
Mas Ingleses também guarda história. No extremo sul, próximo ao Santinho, está o Parque Arqueológico dos Ingleses, que abriga o Museu das Oficinas Líticas. O local preserva vestígios de povos indígenas Carijó e registros que remontam a 4.800 a.C., além de celebrar a cultura açoriana presente na comunidade.




