A crise financeira dos Correios do Brasil se intensifica, e a empresa enfrenta risco iminente de rombo no caixa até 2025. No primeiro semestre de 2025, o prejuízo da estatal atingiu R$ 4,37 bilhões. As despesas administrativas, incluindo salários e precatórios, têm contribuído para essa deterioração.
O governo brasileiro está ciente da situação, mas até o momento, não aprovou um aporte financeiro devido a limitações orçamentárias.
Apesar de medidas de contenção de despesas, a situação financeira dos Correios não apresenta melhora. Desde o primeiro alerta dado em junho, a estatal já indicava necessidade de suporte financeiro governamental, mas encontra resistência devido às restrições fiscais vigentes.
Desempenho financeiro dos Correios
No segundo trimestre de 2025, os Correios reportaram um prejuízo de R$ 2,64 bilhões, número que é quase cinco vezes maior que o registrado no mesmo período de 2024.
A queda na receita e o aumento significativo dos custos, como despesas administrativas e precatórios, são fatores determinantes para o aumento do déficit. A receita no primeiro semestre de 2025 foi de R$ 8,9 bilhões, contrastando com despesas que somaram R$ 13,4 bilhões.
A falta de recursos impede a execução eficaz do Programa de Desligamento Voluntário (PDV). A falta de liquidez pressiona a companhia a considerar empréstimos de curto prazo como medida paliativa.
Cenário logístico
Alterações no mercado de logística, associadas a tributações em encomendas internacionais, como a chamada “taxa das blusinhas”, impactaram negativamente as receitas dos Correios.
Em um mercado globalmente competitivo, a empresa encontra dificuldades em manter sua posição. As mudanças na legislação tributária agravaram o cenário financeiro ao reduzir o volume de postagens e aumentar a concorrência.
A situação econômica dos Correios afeta mais do que apenas suas operações internas. Qualquer auxílio governamental poderá impactar o orçamento público, resultando em cortes em outras áreas importantes.