De acordo com dados recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), a obesidade atinge níveis alarmantes em todo o mundo. Em 2022, 2,5 bilhões de adultos estavam acima do peso, dos quais 890 milhões viviam com obesidade. A situação é ainda mais preocupante entre os jovens: 160 milhões de crianças e adolescentes (entre 5 e 19 anos) também enfrentavam o problema.
Mais que excesso de peso, a alimentação desequilibrada está diretamente relacionada ao aumento de doenças como diabetes tipo 2, esteatose hepática, hipertensão, problemas cardiovasculares e até alguns tipos de câncer. E o que mais preocupa é que muitos alimentos que parecem inofensivos são, na verdade, grandes responsáveis pelo ganho de peso e desequilíbrio metabólico.
A seguir, veja cinco alimentos comuns no dia a dia que contribuem silenciosamente para o aumento da obesidade, segundo especialistas e entidades internacionais de saúde.
1. Batatas fritas: a “bomba de amido” calórica
Clássico do fast food, o consumo frequente de batatas fritas é um dos principais vilões da balança. Segundo o Departamento de Nutrição da Universidade de Harvard, uma porção pode ultrapassar 500 calorias e conter até 30% de gordura. O problema se agrava com o modo de preparo, geralmente em óleos reutilizados, que aumentam o risco de doenças inflamatórias e cardiovasculares.
2. Bebidas açucaradas: calorias líquidas e perigosas
Refrigerantes e sucos industrializados são responsáveis por milhões de calorias líquidas consumidas diariamente. Além de contribuírem diretamente para a obesidade, também são associados a diabetes tipo 2, doenças cardíacas, hipertensão, esteatose hepática e até câncer. Estudos ainda relacionam o consumo dessas bebidas a problemas neurológicos, hiperatividade em crianças e enfraquecimento dos ossos.
3. Pão branco e produtos à base de farinha refinada
Presente na mesa do brasileiro, o pão branco é um dos principais alimentos ultraprocessados consumidos diariamente. A farinha refinada tem índice glicêmico elevado, o que provoca picos de insulina e aumenta o acúmulo de gordura corporal. Ao contrário do grão integral, o pão branco não sacia por muito tempo, o que estimula o consumo excessivo e a fome constante.
4. Carnes vermelhas e processadas: consumo moderado é essencial
Apesar de serem fontes de proteína e ferro, as carnes vermelhas e, principalmente, as carnes processadas (como salsichas, embutidos e presuntos) são apontadas pela OMS como potencialmente cancerígenas. O excesso no consumo está ligado ao aumento do peso corporal, gordura no fígado e doenças metabólicas. A recomendação é priorizar carnes brancas e reduzir o consumo de processados.
5. Sobremesas e doces: excesso de açúcar escondido
Feitos com farinha refinada e grandes quantidades de açúcares adicionados, bolos, doces e sobremesas são uma combinação perigosa para a saúde metabólica. Mesmo versões que utilizam mel ou açúcar mascavo apresentam carga glicêmica elevada. A OMS recomenda limitar o consumo de açúcares a no máximo 50g por dia (10% das calorias totais), sendo o ideal reduzir para 25g diários.
Além dos ingredientes calóricos, muitos desses alimentos contêm emulsificantes e aditivos químicos que, segundo estudos recentes, afetam o microbioma intestinal, aumentam a glicemia de jejum e provocam apetite descontrolado (hiperfagia) — fatores que favorecem o ganho de peso e o surgimento de doenças hepáticas e metabólicas.




