Curitiba, no Paraná, foi eleita a melhor capital brasileira para se viver, segundo o Índice de Progresso Social (IPS) Brasil 2025, divulgado nesta quarta-feira (28) pela organização Social Progress Imperative (SPI). A capital paranaense obteve nota 69,89, liderando o ranking que mede o desempenho social e ambiental dos municípios brasileiros.
O levantamento aponta as cinco capitais com melhor qualidade de vida no Brasil, com base em 57 indicadores sociais e ambientais, organizados em três grandes dimensões: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-estar e Oportunidades.
As 5 melhores capitais para morar no Brasil, segundo o IPS 2025:
- Curitiba (PR) – 69,89
- Campo Grande (MS) – 69,63
- Brasília (DF) – 69,04
- São Paulo (SP) – 68,88
- Belo Horizonte (MG) – 68,22
Essas cidades se destacam por bons índices em áreas como moradia, acesso à saúde básica, infraestrutura urbana, qualidade ambiental e políticas de inclusão.

Segundo os organizadores do IPS, o objetivo do índice é complementar as métricas puramente econômicas, como o PIB, oferecendo uma visão mais completa sobre o desenvolvimento e o bem-estar das populações.
Apesar dos avanços em algumas cidades, o estudo mostra que a qualidade de vida no Brasil segue altamente desigual. Capitais das regiões Norte e Nordeste ainda enfrentam sérios desafios. As cinco piores colocadas no ranking foram:
- Rio Branco (AC) – 62,29
- Salvador (BA) – 62,05
- Maceió (AL) – 61,48
- Macapá (AP) – 58,72
- Porto Velho (RO) – 57,25
Entre os fatores que contribuíram para essas baixas pontuações estão infraestrutura precária, violência, desigualdade social, falta de acesso à educação de qualidade e problemas ambientais — como os elevados índices de desmatamento na Amazônia Legal.
Como funciona o Índice de Progresso Social
Criado pelo Social Progress Imperative e adaptado ao Brasil com liderança do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), o IPS é atualizado anualmente. O relatório 2025 é o segundo a cobrir todos os 5.570 municípios do país, consolidando-se como a maior iniciativa mundial de avaliação de progresso social em escala subnacional.
Entre os 12 componentes analisados, Moradia foi o melhor avaliado nacionalmente, com média de 87,74 pontos, enquanto Direitos Individuais, Inclusão Social e Acesso à Educação Superior apresentaram os piores resultados, com médias abaixo de 50 pontos.
A média nacional geral ficou em 61,96, revelando que o Brasil ainda tem muito a avançar em termos de desenvolvimento social equilibrado e sustentável.
Além de orientar a formulação de políticas públicas mais eficazes, o IPS também serve como referência para investimentos sociais privados. Por sua abrangência e metodologia, o índice permite identificar com precisão onde estão os maiores gargalos sociais e ambientais do país — e onde as boas práticas estão funcionando.