Estudos atualmente indicam que tomar a primeira refeição do dia antes das 9h pode influenciar positivamente o equilíbrio hormonal e o metabolismo. Esse conceito, central para a crononutrição, alinha as refeições ao ciclo circadiano. Este ciclo, também conhecido como relógio biológico, regula funções corporais diversas, incluindo apetite e sono.
Tomar café da manhã antes das 9h ajuda a ajustar o nível de cortisol, um hormônio crucial que atinge seu pico entre 8h e 9h. Caso a alimentação não ocorra nesse período, o corpo pode interpretar a falta de alimentos como escassez.
Isso mantém o cortisol elevado, colocando o organismo em estado de alerta. Comer cedo ajuda a regular a produção de glicose e melhora a sensibilidade à insulina, prevenindo picos de açúcar no sangue. Essa prática é enfatizada pela crononutrição, um campo que estuda a relação dos alimentos com o ritmo circadiano.
Perigos de pular o café da manhã
Ignorar o café da manhã ou atrasá-lo pode trazer consequências negativas. Quando o corpo não recebe a indicação para se alimentar, mecanismos de emergência são ativados, como a gliconeogênese. Este processo consome glicose e proteínas, podendo elevar os níveis de açúcar no sangue.
A pesquisa indicou que há um risco 59% maior de desenvolver diabetes tipo 2 ao se alimentar após as 9h. Além disso, pular essa refeição vital pode desorganizar o ritmo biológico, afetando o sono e promovendo ganho de peso.
Como a crononutrição se adapta ao seu ritmo
A crononutrição não é uma dieta específica, mas sim uma abordagem que enfatiza a sincronização da alimentação com o relógio biológico. Já demonstra benefícios como melhora na qualidade do sono e desempenho físico. Compreender nossos cronotipos individuais ajuda a otimizar o metabolismo e o bem-estar geral.