Desde 2005, a inflação medida pelo IPCA acumulou alta de 196,28%. Isso significa que R$ 200 em 2005 equivalem a cerca de R$ 592 em 2025. No sentido inverso, os R$ 200 de hoje comprariam o equivalente a R$ 67,60 de 20 anos atrás.
Nesse mesmo período, o salário-mínimo passou de R$ 300 para R$1.518, um aumento nominal de 406%. Corrigido pela inflação, representa um ganho real de aproximadamente 71%. Ainda assim, a percepção popular segue sendo a de que “tudo está mais caro”.
Segundo a analista Maria Giulia Figueiredo, da Rico, a sensação de perda do poder de compra ocorre porque a inflação não atinge todos os itens igualmente. Alimentos, transporte e serviços básicos subiram acima da média e pesam mais no orçamento.
Além disso, novos gastos como streaming e assinaturas digitais entraram na rotina, competindo com despesas essenciais.
Cesta básica e gás de cozinha
- Em dezembro de 2005, a cesta básica em São Paulo custava R$ 366,86 (DIEESE).
- Em 2025, de acordo com o IBGE, esse valor subiu para R$ 1.703,64.
O aumento foi de 364,38%, bem acima da inflação de 196%.
Outro exemplo é o gás de cozinha, que custava R$ 60 em 2005 e hoje está em torno de R$ 260, um salto de 333% em 20 anos.
Como proteger o dinheiro da inflação?
Especialistas lembram que, diferente do passado, hoje há diversas formas de preservar o poder de compra:
- Tesouro IPCA+: garante rentabilidade real, pois soma taxa fixa à inflação.
- Fundos de inflação: mesclam títulos públicos e privados indexados ao IPCA.
- Ativos em moeda estrangeira: investimentos atrelados ao dólar e outras moedas.
- Fundos multimercados: diversificam em renda fixa, ações e câmbio.
- Ações e FIIs: podem render acima da inflação, mas são mais voláteis.
 
			
 
		


