Um fenômeno meteorológico atípico surpreendeu São Paulo na última quarta-feira, 10 de dezembro. A cidade foi atingida por um vendaval seco, que alcançou rajadas de vento de até 96,3 km/h. Este evento inédito ocorreu sob um céu sem chuvas e deu início a uma revisão das metodologias de análise de eventos de ventos extremos por meteorologistas.
O vendaval colocou São Paulo em alerta logo pela manhã, com ventos intensos que perduraram até a noite. Segundo a Climatempo, ventos fortes normalmente acompanham tempestades, mas este episódio ocorreu em condições de baixa pressão, influenciado por ciclones extratropicais.
Essa situação gerou ventanias intensas sem formar nuvens de chuva, criadas por diferenças acentuadas de pressão.
Impactos significativos na capital paulista
Os ventos causaram quedas de árvores e afetaram o fornecimento de energia elétrica, deixando aproximadamente 1,2 milhão de pessoas sem luz. O Aeroporto de Congonhas apresentou interrupções nas suas operações, evidenciando a severidade do fenômeno.
Além disso, o vendaval levou a uma revisão da classificação dos ventos por parte da Climatempo, com a adoção de critérios diferenciados para ventos em condições secas e úmidas.
Adaptação às mudanças climáticas
Especialistas indicam que eventos meteorológicos extremos, como o vendaval seco, podem se tornar mais comuns devido às mudanças climáticas. Essas ocorrências exigem monitoramento constante e adaptação nas estratégias de previsão e resposta.
As alterações nas condições climáticas têm provocado um aumento na frequência e intensidade dos ventos, segundo estudos recentes.




