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Vodca comum pode salvar a vida de pessoas contaminadas por metanol

Por Pedro Silvini
13/10/2025
Em Geral
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tv hospital

(Reprodução/IStock)

Um caso inusitado ocorrido em São Paulo trouxe à tona uma informação que pode parecer surpreendente, mas é reconhecida pela medicina: em situações emergenciais, vodca comum pode ser usada como antídoto contra intoxicação por metanol, um tipo de álcool altamente tóxico.

No fim de setembro, o comerciante Cláudio Crespi foi internado em estado grave após consumir uma bebida alcoólica entre São Paulo e Guarulhos. Sem acesso ao antídoto ideal, os médicos do Hospital Municipal José Storopolli recorreram a uma solução improvável: a vodca que a sobrinha de Cláudio, a advogada Camila Crespi, tinha em casa.

“Na hora do desespero, a médica pediu um destilado. Eu lembrei da vodca russa que estava guardada há meses e levei para o hospital. Foi o que salvou meu tio”, contou Camila ao g1.

Durante quatro dias, a bebida foi administrada pela equipe médica enquanto o paciente passava por hemodiálise, procedimento necessário para remover as toxinas do corpo. Cláudio sobreviveu, mas ainda se recupera de sequelas na visão.

Como a vodca age como antídoto

De acordo com o hepatologista Rogério Alves, do Hospital Beneficência Portuguesa, o tratamento padrão para intoxicação por metanol é o uso do fomepizol, medicamento que impede que o fígado transforme o metanol em substâncias tóxicas, como formaldeído e ácido fórmico.

“Quando o fomepizol não está disponível, o etanol, presente em bebidas como a vodca, pode ser usado de forma emergencial para bloquear a mesma enzima”, explica Alves. “Isso dá tempo para que o corpo elimine o metanol com o auxílio da hemodiálise.”

O procedimento, embora eficaz em casos extremos, não deve ser feito fora do ambiente hospitalar, já que a dosagem precisa ser controlada e acompanhada por especialistas.

O avanço das bebidas falsificadas

O caso de Cláudio ocorre em meio a uma onda de intoxicações por metanol em São Paulo, que já soma mais de 20 suspeitas e seis mortes sob investigação, segundo o Ministério da Saúde. A principal hipótese é que bebidas falsificadastenham sido adulteradas com metanol para aumentar o volume da produção.

Operações recentes da Polícia Civil e da Polícia Federal encontraram fábricas clandestinas de bebidas no interior do Estado, incluindo uma em Americana, onde foram apreendidos equipamentos químicos e garrafas com rótulos falsos.

Especialistas alertam que o mercado ilegal de bebidas alcoólicas movimenta cerca de R$ 56,9 bilhões por ano no Brasil, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A prática inclui falsificação, contrabando e reutilização de garrafas originais — o chamado “refil” —, o que torna quase impossível identificar o produto adulterado apenas pela aparência.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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