Indústria coletou 380 mil/t de pneus

14 de abril de 2021 às 0h15

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Apenas em 2020, foram investidos mais de R$ 68,6 milhões no programa de logística reversa | Crédito: Reciclanip

De janeiro a dezembro de 2020, a Reciclanip – entidade criada em parceria com as fabricantes de pneus da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), coletou e destinou de forma ambientalmente correta mais de 380 mil toneladas do resíduo sólido em todo o País, quantia equivalente a 42,2 milhões de unidades de pneus de carros de passeio.

Apenas em 2020, a indústria nacional de pneus investiu mais de R$ 68,6 milhões com o Programa de Logística Reversa de pneus inservíveis que atendeu 720 municípios durante o ano.

O Estado de Minas Gerais é responsável por 7,4% das solicitações de coleta no País, com 53 municípios atendidos no último ano.

“A Reciclanip é a única entidade do Brasil que coleta pneus inservíveis em todas as regiões do País de ponta a ponta, o que mostra a dimensão do nosso trabalho e a responsabilidade ambiental do setor com o País. Mesmo durante a pandemia continuamos a operar de forma segura atendendo o nosso objetivo de manter um país mais sustentável”, afirma o presidente executivo do Sistema Anip/Reciclanip, Klaus Curt Müller.

Conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos, os pontos de coleta são de responsabilidade dos comerciantes e distribuidores. Devido à ausência destes no sistema de logística reversa, os pontos de coleta foram criados em parceria entre a Reciclanip com as prefeituras, que por sua vez cedem os terrenos, dentro de normas específicas de segurança e higiene, para receber os pneus inservíveis vindos de origens diversas.

O responsável pelo Ponto de Coleta solicita a Reciclanip, por meio de aplicativo, sobre a necessidade de retirada do material quando este atinge a quantidade de 2.000 pneus de passeio ou 300 pneus de caminhões. A partir daí a Reciclanip programa a retirada do montante com os transportadores conveniados. Os consumidores podem se informar sobre onde levar os pneus inservíveis consultando a lista com todos os pontos de coleta que está no site.

“É muito importante que o consumidor tenha consciência e não leve pneus velhos para casa. Ao comprar um pneu novo, o indicado é deixar seu pneu inservível na loja, que tomará as providências necessárias para que o material chegue até um ponto de coleta. Os pneus inservíveis descartados de forma incorreta contribuem para o agravamento das condições ambientais e de saúde nas cidades, e, se queimados de forma errada, geram poluição atmosférica”, diz Curt.

Desde o início do programa, em 1999, já foram destinadas mais de 5,6 milhões de toneladas. E desde 2010, ano do primeiro relatório de logística reversa de pneus do Ibama, a Reciclanip vem ultrapassando sua meta de recolhimento em mais de 100%, tendo superado a meta deste período em 112,9 milhões de quilos (KG).

O Brasil registra um passivo ambiental de 332 milhões de quilos (Kg) de pneus inservíveis cuja responsabilidade é dos importadores, que não atingem a meta em sua totalidade.

Economia circular – A economia circular é um sistema que busca o uso mais eficiente dos recursos naturais ampliando a competitividade da indústria ao substituir o conceito de “fim de vida” de um produto por um modelo regenerativo, que abre novas possibilidades de reutilização, reciclagem e recuperação da produção mantendo seus níveis de utilidade e valor ao longo do tempo. Além disso, a economia circular estimula novas maneiras sustentáveis de exploração dos recursos e o processamento e a produção de bens e serviços.

Na Reciclanip, o ciclo de vida de um pneu se insere nesse modelo. Após a coleta, que acontece em pontos destinados pelas prefeituras de mais de mil municípios, os pneus inservíveis são destinados às empresas trituradoras, que por sua vez são reutilizados e traduzidos em diversos benefícios para a sociedade, entre eles a indústria cimenteira, artefatos de borracha, como tapetes para automóveis, pisos industriais e pisos para quadras poliesportivas.

Além disso, também são utilizados na fabricação de percintas (indústrias moveleiras), solas de calçados, dutos de águas pluviais e siderurgia. Todas estas destinações são aprovadas pelo Ibama como destinações ambientalmente adequadas.

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