Teles investiram R$ 21 bi em 9 meses

30 de dezembro de 2020 às 0h12

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O ano de 2020 mostrou que o setor de telecom é essencial na vida das pessoas, disse Ferrari | Crédito: Divulgação/Conexis Brasil Digital

Os investimentos em telecomunicações somaram R$ 21,4 bilhões, de janeiro a setembro de 2020, segundo balanço da Conexis Brasil Digital, a nova marca do SindiTelebrasil. Enquanto os investimentos gerais no País tiveram queda, os do setor de telecomunicações se mantiveram em linha com os realizados nos últimos quatro anos, cuja média foi de R$ 21,8 bilhões, em valores reais.

“Esses números mostram que o setor continua acreditando no Brasil, mesmo em um ano de enormes desafios como o de 2020”, afirmou o presidente-executivo da Conexis, Marcos Ferrari. “De forma geral, considerando a economia como um todo, o investimento no Brasil em setembro deste ano ficou 22% abaixo do pico verificado em dezembro de 2014 e deverá ser superado apenas em setembro de 2025. Em telecom, mantivemos os aportes em alta”, acrescentou.

Segundo o balanço, no terceiro trimestre, os investimentos foram de R$ 7,1 bilhões, mantendo-se estáveis em relação ao trimestre imediatamente anterior, quando foram investidos R$ 7,2 bilhões. Ao ano, os investimentos do setor de telecom têm sido de cerca de R$ 32 bilhões, aplicados especialmente em expansão das redes e melhoria da cobertura e da qualidade dos serviços.

Desde a privatização, em 1998, o setor privado de telecomunicações investiu mais de R$ 1 trilhão em valores atualizados e incluindo o pagamento de outorgas. O balanço mostra ainda que a receita bruta do setor foi de R$ 181,8 bilhões, em valores reais, de janeiro a setembro, com queda de 2,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

Conectividade – De acordo com o balanço da Conexis, a conectividade teve grandes avanços no Brasil, especialmente no 4G, que chegou a 5.059 municípios, onde moram 97,9% da população brasileira. O ritmo de expansão está acelerado, com a conexão de mais de um novo município por dia com as redes de quarta geração. No período de 12 meses, de novembro de 2019 a outubro de 2020, foram conectados pelo menos 408 novos municípios com 4G.

No mesmo período, 17 milhões de novos chips 4G foram ativados, chegando a um total de 168 milhões de acessos 4G em outubro, um crescimento de 11% em 12 meses. Considerando também o 3G, a banda larga móvel chegou a 203 milhões de acessos.

Gratuidade – “O ano de 2020, com desafios impostos pela pandemia, mostrou que o setor de telecom é essencial na vida das pessoas e é a base da economia digital. Nossas redes suportaram o aumento de demanda repentina e permitiram que as pessoas cumprissem o isolamento social, trabalhando, estudando, se divertindo em casa e com segurança”, avaliou Ferrari.

Além de viabilizar a conectividade, o setor contribuiu com várias ações proativas, como o envio de mais de 700 milhões de SMS gratuitos para os usuários de celular. Forneceu gratuitamente a ferramenta do Mapa de Calor, auxiliando estados e municípios na medição dos índices de isolamento e garantiu de forma gratuita para o consumidor e para o estado o acesso ao App do Auxílio Emergencial.

O setor firmou ainda parceria com o TSE para acesso gratuito ao site da Justiça Eleitoral, que hospeda a página “Fato ou Boato?”, com checagem de fatos sobre o processo eleitoral para os cidadãos. Nestas iniciativas, mais de 1,5 mil TeraBytes foram trafegados sem custos à população.

Agenda vai priorizar a digitalização

Em 2021, o foco deve ser a conectividade e o setor de telecomunicações está comprometido com esse objetivo. Segundo o presidente-executivo da Conexis, Marcos Ferrari, para isso, defendemos uma agenda que priorize a digitalização do País.

Entre os principais pontos desta agenda, está uma reforma tributária justa, que alivie o peso dos tributos para o brasileiro e permita um maior uso da conectividade. Hoje, o setor arrecada R$ 65 bilhões ao ano em tributos e quase metade da conta é imposto (47% em média).

Para a Conexis, é importante a destinação correta dos recursos dos fundos setoriais, promovendo maior expansão dos serviços e inclusão da população mais vulnerável. Desde 2000, já foram recolhidos R$114 bilhões para os fundos e menos de 10% foram utilizados.

Outro ponto essencial é a atualização das leis municipais de antenas e de infraestrutura de telecomunicações, necessária para ampliar a conectividade e para a implantação do 5G, que vai demandar 5 vezes mais antenas que o 4G. Atualmente, 300 leis municipais dificultam essa expansão e mais de 4 mil pedidos de novas antenas aguardam licenciamento pelas prefeituras.

“Avançaremos mais ainda no Sistema de Autorregulação do setor de telecomunicações, após um ano de muitas realizações com a implantação do Conselho de Autorregulação com conselheiros independentes de grande respeitabilidade. Os trabalhos foram efetivos, com aprimoramento do ‘Não me perturbe!’e a aprovação de outros normativos importantes”, destacou Ferrari.

Para o 5G, disse Ferrari, “defendemos um diálogo aberto e políticas públicas que permitam que os benefícios dessa nova tecnologia cheguem à população, com foco na ampliação do acesso, leilão não arrecadatório e mitigação para a solução da interferência. É fundamental que as soluções para o leilão do 5G sejam dadas pelo viés técnico e econômico, considerando tanto os requisitos de segurança associados às soluções quanto todos os aspectos de custos relativos à implantação da tecnologia e sua conexão com a infraestrutura já existente nas redes das operadoras”.

“Ressaltamos, por fim, a importância do avanço de outras matérias estratégicas para o desenvolvimento da economia e para o setor de telecomunicações no Congresso Nacional, como o PL 8518/2017 (Silêncio Positivo), a PEC 17/2019 (Dados Pessoais), projetos de lei que endurecem penas para furto e roubo de cabos, entre outras”.

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