Afinal, o que é inteligência artificial e o que esperar dela?

9 de julho de 2019 às 0h03

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Crédito: Reprodução

RINALDO DE CASTRO OLIVEIRA*

Nos últimos tempos, muito tem se falado sobre inteligência artificial (IA), as suas aplicações no campo das empresas e nos processos de negócios, bem como o impacto dessa inovação na forma que nos relacionamos com as organizações e a sociedade como um todo. Certamente, ao entrarmos em contato com uma central de atendimento a clientes, seja por telefone ou por chat, uma dúvida frequente é:

“Será que estamos nos comunicando com pessoas de carne e osso”? A resposta será cada vez mais “não”. Paradoxalmente, pode ser um grande equívoco da nossa parte abnegar a capacidade humana dentro deste contexto da inteligência artificial.

A inteligência artificial é reconhecida por sua capacidade de pensar e agir como seres humanos, e os seus principais objetivos são entender o fenômeno da inteligência humana e projetar sistemas computacionais que possam imitar padrões comportamentais, criando conhecimento relevante para resolução de problemas. Assim, o uso de técnicas de inteligência artificial pode possibilitar a incorporação da expertise, experiência e julgamento de pessoas, juntamente com o potencial de reconhecimento de padrões de informações estruturadas ou não, muitas vezes não cobertos por modelos matemáticos tradicionais. A partir dessas características, fica evidente que a inteligência artificial se pauta na inteligência humana e nos seus padrões de comportamento, com o intuito de potencializar a capacidade de análise e de resposta para o desenvolvimento de soluções.

Para ilustrar essa relação intrínseca entre a inteligência artificial e a humana, muitos dos algoritmos utilizados para desenvolvimento de soluções de IA são inspirados em sistemas biológicos, como as redes neurais que buscam simular o comportamento do cérebro, os algoritmos genéticos que imitam os princípios da evolução natural, a partir de um processo interativo que mantém uma população de “cromossomos” representando diferentes possibilidades de soluções para um problema de otimização, e outras técnicas pautadas na observação de seres vivos, como os algoritmos que se baseiam na otimização de colônias de formigas e abelhas. A partir dessa reflexão, o que se vê é cada vez mais um processo de humanização da máquina e, de certa forma, de robotização do homem. Será o caminho para o surgimento dos androides como conhecemos nas ficções futuristas?

Retornando para os tempos atuais, o que podemos constatar é um processo irreversível e acelerado de transformação digital que está diretamente relacionado às novas formas de inteligência e às suas diversas possibilidades de aplicações no ambiente organizacional. É imperativo para as empresas reconhecerem esse movimento e identificar rapidamente como se inserir nesse processo para se manterem competitivas. A mente humana é uma máquina fantástica que tem impulsionado a evolução ao longo de séculos. As novas formas artificiais de pensar e agir, criadas pelo homem, têm a capacidade de expandir de maneira exponencial a fronteira do conhecimento e a criação de produtos e negócios inovadores. Nesse processo de retroalimentação de “mentes”, que tenhamos a inteligência e a capacidade de se apropriar do melhor dos dois mundos.

PS: apenas para registro, no exato momento em que elaborava esse ensaio, um atento e prestativo corretor de texto me mostrava formas melhores de escrevê-lo… será ela?

*Sócio-diretor da DMEP

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