BNDES libera R$ 60 mi para startups

6 de abril de 2019 às 0h06

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a aplicação de até R$ 60 milhões em cotas do FIP Anjo, fundo de investimento em participações focado em empresas de perfil inovador e alto potencial de crescimento. Os recursos totais do fundo poderão chegar a R$ 120 milhões, dependendo da capacidade de captação da gestora.

O foco preferencial do investimento são companhias que atuem nos setores de agronegócio, biotecnologia, cidades inteligentes, economia criativa, saúde, cidades inteligentes e tecnologia da informação e comunicação (TIC).

O FIP Anjo é o primeiro fundo com recursos do BNDES que possibilita investimento em empresas com faturamento anual inferior a R$ 1 milhão e constituídas como sociedades limitadas, o que foi possível com a publicação da Instrução CVM nº 578/16 – até então, esse tipo de investimento estava restrito a sociedades anônimas.

A iniciativa tem como objetivos fomentar o investimento-anjo no País, apoiar startups inovadoras com tecnologias disruptivas, reduzir a escassez de recursos para essas empresas nascentes com alto potencial de crescimento, atrair investidores para o mercado de capitais voltado a essas empresas e estimular o ecossistema de inovação nacional.

O fundo procura suprir uma lacuna de mercado, ao prover recursos na fase de investimento-anjo e no momento seguinte, quando a startup precisa de uma nova rodada de capitalização, antes de ter atingido um porte para atrair o interesse de outros fundos de venture capital.

A Domo Invest será responsável pelo mapeamento e seleção das empresas, articulação com aceleradoras e investidores-anjo e pela captação de outros investidores.

O Fundo contará inicialmente com patrimônio de R$ 60 milhões, sendo R$ 40 milhões do BNDES e o restante aplicado pela gestora e outros investidores. Caso os recursos captados pela Domo atinjam R$ 30 milhões, o BNDES aplicará R$ 50 milhões. Se a gestora conseguir R$ 40 milhões ou mais, o aporte total do Banco poderá chegar a R$ 60 milhões.

Previsto para durar 10 anos, o fundo terá período de investimento de cinco anos, que poderá ser prorrogado por dois anos.

Startups com interesse em apresentar seus projetos para a gestora, podem se cadastrar no site www.domoinvest.com.br.

Etapas – Na primeira fase de investimentos, o fundo aportará pelo menos R$ 25 milhões em empresas nascentes (com faturamento inferior a R$ 1 milhão). A expectativa é que nessa etapa o FIP Anjo invista em cerca de 100 startups, aportando entre R$ 100 mil e R$ 500 mil em cada uma. O valor aportado será igual ao captado junto a investidores-anjo ou aceleradora e esses outros apoiadores também deverão atuar como mentores dos empreendedores, estimulando melhores práticas de governança e gestão. Com isso, o fundo alavanca os recursos aplicados em cada startup, amplia a base de investidores-anjo e difunde uma cultura de empreendedorismo.

Na segunda fase de investimentos, serão realizados aportes de até R$ 5 milhões em empresas com receita bruta entre R$ 1 milhão e R$ 16 milhões. Embora os recursos possam ser aplicados em novas empresas, serão priorizados os empreendedores contemplados na primeira fase que estejam apresentando crescimento acelerado.

Ciclos de investimento – A falta de recursos para investimento é um dos principais desafios das empresas, sobretudo das startups, que não contam com histórico de atuação nem ativos para servir de garantias para financiamentos . É comum que, em um primeiro momento, os empreendedores contem com o apoio financeiro de amigos e familiares.

Caso sobrevivam a esse estágio inicial e apresentem um protótipo de produto ou negócio, além de boa perspectiva de crescimento, podem gerar interesse em investidores-anjo, que aplicam recursos próprios maiores em troca da participação nos negócios.

Esses investidores geralmente atuam como mentores, contribuindo com a gestão do negócio e auxiliando na estratégia de crescimento da empresa.

Apenas após esse estágio, já com uma estrutura mais robusta e produto já testado no mercado, passam a atrair interesses de fundos de venture capital de maior porte, que investem recursos mais substanciais em empresas de pequeno porte.

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