Construção civil: custos têm alta de 0,35% no País

11 de julho de 2019 às 0h04

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Crédito: Divulgação

Rio e São Paulo – O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cresceu 0,35% em junho, resultado acima dos 0,11% de maio. É a menor taxa para o mês desde 2013, quando começou a série com desoneração da folha de pagamento.

Segundo o analista da pesquisa, Augusto Oliveira, a principal influência para esse resultado vem da parcela da mão de obra, que, mesmo com um aumento de 0,24%, desacelerou em relação aos meses de junho dos últimos anos.

“Diferentemente do observado nos anos anteriores, neste junho de 2019 foram captados dissídios coletivos apenas nos estados do Acre e de Pernambuco”, explica.

Com isso, as regiões Norte e Nordeste tiveram as maiores taxas do mês, ambas com 0,54%, assim como os estados de Pernambuco, com 2,37% de aumento, e do Acre, com 1,54%.

Em termos nacionais, o custo médio da construção em junho foi de R$ 1.135,88, sendo R$ 595,15 relativos aos materiais e R$ 540,73 relativos à mão de obra. A parcela dos materiais variou 0,45% e a parcela da mão de obra, 0,24%. Em relação a junho de 2018, os materiais tiveram queda de 0,11 p.p, e a mão de obra, queda de 0,16 p.p.

Abramat – O setor de materiais de construção reduziu a projeção de alta das vendas do setor em 2019, após o fraco desempenho da economia no início do ano, informou a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) ontem.

A estimativa da entidade para as vendas do setor foi revisada de crescimento de 2% para 1,5%.

“Esse ajuste de menos meio ponto percentual se justifica frente ao resultado do PIB no primeiro trimestre e pelo ritmo de retomada da economia mais lento que o esperado”, afirmou o presidente da Abramat, Rodrigo Navarro, em comunicado.

O executivo ponderou, porém, que a estimativa segue acima do crescimento de 1% obtido pelo setor no ano passado, citado pela Abramat como um ano de recuperação. Ele citou ainda medidas de estímulo à demanda tomadas pelo governo, como a redução dos depósitos compulsórios dos bancos e o encaminhamento de medidas estruturantes, como “a modernização do saneamento básico”.

Em junho, o faturamento do setor caiu 1% sobre maio e recuou 0,9%, ante junho de 2018. No primeiro semestre, a Abramat afirma que as vendas devem mostrar crescimento de 2,6%, dado a ser confirmado ainda neste mês. (Agência IBGE/Reuters)

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