Mudanças climáticas podem custar US$ 1 tri

5 de junho de 2019 às 0h02

Londres – Mais de 200 das maiores companhias com ações em bolsas de valores do mundo preveem que a mudança climática pode custar um total combinado de quase US$ 1 trilhão, com grande parte dos prejuízos ocorrendo nos próximos cinco anos, de acordo com um relatório publicado ontem.

Apesar disso, os resultados da pesquisa conduzida pela instituição de caridade CDP sugerem que muitas empresas ainda subestimam os riscos, já que os cientistas alertam que o sistema climático da Terra está em vias de atingir pontos de crise sem retorno se não houver cortes rápidos nas emissões de carbono.

“A maioria das empresas ainda tem um longo caminho a percorrer em termos de avaliação adequada do risco climático”, disse Nicolette Bartlett, diretora de mudanças climáticas do CDP, autora do relatório.

Fundado no início dos anos 2000, o CDP – anteriormente conhecido como Carbon Disclosure Project – é uma voz respeitada em uma crescente coalizão de grupos de pressão, gestores de fundos, membros de bancos centrais e políticos que acreditam que o aquecimento global representa um risco sistêmico para o sistema financeiro.

Ao pressionar os presidentes-executivos de companhias a confrontarem os riscos de suas operações, os defensores de uma maior divulgação esperam estimular investimentos suficientes em setores mais limpos, o que pode reduzir emissões de carbono a tempo de se cumprir metas climáticas globais.

Em seu último estudo, o CDP analisou dados de pesquisas de 215 das maiores empresas, desde Apple e Microsoft até Unilever, UBS, Nestlé, China Mobile, Infosys, Sony e BHP.

As empresas estimaram um total de US$ 970 bilhões em custos extras devido a fatores que incluem temperaturas mais altas, clima caótico e preço das emissões de gases do efeito estufa. Cerca de metade desses custos foram vistos como “praticamente certos”.

Muitas empresas também viram um enorme potencial se o mundo conseguir se descarbonizar a tempo para evitar os cenários climáticos mais sombrios, que os cientistas vêem como um risco existencial para a civilização industrial.

Por outro lado, as empresas do estudo do CDP, que têm um valor de mercado combinada de cerca de US$ 17 trilhões, viram oportunidades em potencial de US$ 2,1 trilhões, abrangendo a demanda mais rápida do que o esperado por veículos elétricos a investimentos em energias renováveis. (Reuters)

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