Abate de suínos e frangos registra crescimento no Estado, diz o IBGE

19 de março de 2021 às 0h28

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Com o mercado aquecido, em 2020 foram abatidos 6,05 milhões de suínos em MG | Crédito: Divulgação

Ao longo de 2020, a demanda aquecida pelas proteínas animais estimulou o abate de suínos e frangos em Minas Gerais. De acordo com a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o abate de suínos subiu de 4,8% no ano frente a 2019. No caso dos frangos, o aumento chegou a 4,6%. Já em bovinos, foi registrada queda de 5,7%. 

Mesmo com oscilações de consumo, a alta dos preços aos produtores estimulou a produção de leite no Estado, que avançou 3,6%, com a industrialização chegando a 6,49 bilhões de litros.

De acordo com a coordenadora da assessoria técnica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Aline Veloso, em 2020, a demanda por produtos da pecuária se manteve elevada. “O mercado se manteve aquecido pelas proteínas animais. Além do maior consumo no mercado interno, as carnes de frango, bovina e de suínos também tiveram maiores volumes exportados”, explicou.

Segundo o levantamento do IBGE, no ano passado, o abate de suínos no Estado foi estimulado por preços remuneradores e demanda aquecida pela carne suína, já que o valor dessa proteína é mais acessível que a bovina.

Os dados do IBGE mostram alta de 4,8% no número de cabeças de suínos batidas, que somaram 6,05 milhões, ante as 5,78 milhões registradas em 2019. Também houve aumento de 4,6% no peso das carcaças, que totalizou 524,7 mil toneladas no exercício passado.

Além da demanda interna maior, as exportações estaduais de carne suína também cresceram. Os dados mostram que os embarques somaram 15,7 mil toneladas, 40,4% a mais que o volume embarcado em 2019.

Abate de frangos

Os valores mais em conta para a população também foram importantes para estimular a demanda e o abate de frangos. Em 2020, foram abatidas 441,8 milhões de aves em Minas, volume 4,6% superior às 422,3 milhões registradas em 2019. O peso das carcaças subiu 6,2% e encerrou o ano somando 1,07 milhão de toneladas.

As exportações mineiras deste tipo de carne ficaram 17,8% superiores e somaram 111,2 mil toneladas em 2020, o que também foi importante para o aumento dos abates.

Leite

Também foi verificada alta na produção mineira de leite, 3,6%, com a industrialização de 6,49 bilhões de litros. “O aumento dos preços pagos aos produtores, em alguns momentos de 2020, garantiu a possibilidade de ampliar a oferta de leite”, disse Aline.

Com o resultado, Minas Gerais manteve a liderança no ranking entre os estados produtores de leite, com  25,5% da participação nacional, seguido pelo Paraná (13,6%) e Rio Grande do Sul (13%).

De acordo com os pesquisadores do IBGE, 2020 foi marcado por variações na demanda por produtos lácteos, influenciada pelas restrições impostas por conta do isolamento social e pela valorização do leite, acompanhada do aumento dos custos de produção do setor.

Abate bovinos e ovos

Ao contrário dos produtos já citados, ao longo de 2020, o abate de bovinos, em Minas Gerais, caiu. De acordo com o IBGE o abate totalizou 2,68 milhões de cabeças de bovinos, volume que retraiu 5,7% quando comparado com as 2,84 milhões de cabeças registradas em 2019. Em relação ao peso das carcaças, a queda ficou em 2% e somou 686,9 mil toneladas.

Já em relação às exportações, ao longo de 2020, os embarques de carne bovina ficaram 4,9% maiores em Minas, totalizando 174,3 mil toneladas destinadas ao mercado externo.

“Em 2020, tivemos a demanda aquecida pela carne bovina, inclusive no mercado externo. Os preços, atualmente, estão favoráveis para o produtor, mas, os custos estão muito altos, especialmente na alimentação, o que também acontece nas demais áreas da pecuária. A queda no abate por ser justificada pelas dificuldades na fase de reposição, que está com a oferta apertada e custo alto”, disse a coordenadora da assessoria técnica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Aline Veloso .

A produção de ovos também retraiu em 2020. De acordo com o estudo do IBGE a queda ficou em 1,9% frente a 2019, com um volume anual de 351,2 milhão de dúzias. 

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