Brasal vai investir R$ 175 mi em Uberlândia

27 de abril de 2022 às 0h29

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Longuinho aponta a qualificação da mão de obra como um desafio | Crédito: Divulgação

A Brasal Incorporações anunciou investimentos da ordem de R$ 175 milhões em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. O aporte será feito em novos lançamentos, compra de terrenos, construção de uma nova sede entre outros projetos. A cidade é estratégica para a empresa, que estima um potencial de gerar entre R$ 250 milhões e 300 milhões em Valor Geral de Vendas (VGV) na região. 

Entre os projetos da empresa no Triângulo Mineiro está o Chess, quinto residencial lançado pela Brasal. 

De acordo com Sebastião Longuinho, diretor da Brasal Incorporações que está à frente da regional de Uberlândia, a entrada na região aconteceu após estudos mercadológicos que indicaram uma absorção propícia para os planos perenes da companhia. “Acreditamos que essa é uma região muito promissora, com uma economia muito forte, pujante e diversificada que permite os nossos investimentos. E tudo isso tem nos mostrado a quantidade de oportunidades que o mercado local tem”, afirma Longuinho. 

Dos aportes anunciados para 2022, a empresa já investiu metade do valor, sendo que, para 2023 e 2024, já há um landbank estimado em R$ 440 milhões — o termo landbank ou “banco de terrenos”, no português, é utilizado para referência aos terrenos adquiridos para investimentos futuros de uma incorporadora.

Ampliação 

Mais recentemente, a empresa prospectou a capital mineira para a ampliação de sua presença no Estado, mas, no entanto, ainda não há planejamento firmado ou confirmação para o desembarque em Belo Horizonte. Apesar de não revelar novos municípios por questões estratégicas, Longuinho conta que outras cidades poderão receber investimentos da incorporadora. 

Com empreendimentos em Brasília, no Distrito Federal, e Goiânia (GO), a empresa já começa a diversificar o leque de opções no que tange à metragem dos empreendimentos. Conforme aponta o diretor regional de Uberlândia, a atuação da empresa em Minas Gerais antes abrangia plantas maiores. Agora, a empresa passa a contar com apartamentos residenciais de 45 metros quadrados, sendo que as unidades podem chegar a 696 metros quadrados – com exceção do recém-lançado Chess. 

Em consideração à atuação nacional da Brasal Incorporações, a empresa tem potencial para atingir um Valor Geral de Vendas da ordem de R$ 1,5 bilhão anualmente. 

Empregos e desafios

A visão da Brasal Incorporações de médio e longo prazos conduz uma proposta da construção em ciclos que duram entre 30 e 34 meses, o que permite que a empresa mantenha, somente em Uberlândia, 550 trabalhadores diretos e indiretos empregados de forma fixa. Isso significa que as obras estão conectadas, sendo que, quando um empreendimento é finalizado, outro tem seu processo de construção iniciado, mantendo uma estrutura de ocupações sólida no município. 

Qualificação da mão de obra é, justamente, um dos gargalos mais importantes e desafiadores que a empresa precisa enfrentar em seu negócio. “Nós temos empregado muita energia no desenvolvimento de pessoas e equipes. Em Uberlândia, temos projetos com a Prefeitura para a formação básica dos trabalhadores e buscamos também a capacitação técnica para bombeiros, carpinteiros e eletricistas”, conta Sebastião Longuinho em relação às tentativas da empresa de qualificar, localmente, os recursos humanos necessários para a concretização do planejamento da Brasal. 

Outro gargalo que afeta a construção civil no Brasil de forma geral, e de igual modo preocupa a Brasal Incorporações, é a cadeia de insumos e fornecedores que, em meio ao cenário macroeconômico de inflação global, guerra no Leste europeu e alta de commodities, tem potencial para frear o setor. 

Nesse aspecto, Sebastião Longuinho revela que a empresa busca fortalecer a interlocução com a cadeia de fornecedores para criar meios de indicar a previsibilidade das necessidades dos empreendimentos e, consequentemente, mitigar quaisquer descontinuidades no andamento dos mesmos.

INCC-M avança 0,87% em abril

Rio – O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou inflação de 0,87% em abril deste ano. A taxa é superior ao índice 0,73% de março, mas ficou abaixo do 0,95% de abril de 2021.

Com isso, o INCC-M acumula taxas de inflação de 2,74% no ano e de 11,54% em 12 meses, de acordo com os dados divulgados ontem.

A alta da taxa de março para abril foi puxada pelos materiais e equipamentos, cuja taxa de inflação passou de 0,29% para 1,35% no período.

Por outro lado, os serviços e mão de obra tiveram queda na taxa. Os serviços passaram de 0,79% para 0,73%, enquanto a mão de obra recuou de 1,12% para 0,46%.

Confiança

O Índice de Confiança da Construção (ICST), da FGV, cresceu 4,8 pontos em abril deste ano na comparação com março. Com isso, o indicador chegou a 97,7 pontos, o maior patamar desde janeiro de 2014 (97,8 pontos). O ICST varia de 0 a 200 pontos.

O Índice de Situação Atual, que mede a confiança dos empresários da construção no presente, subiu 2,4 pontos e chegou a 94,4 pontos, maior nível desde junho de 2014, quando atingiu 95,2 pontos.

Já o Índice de Expectativas, que mede a percepção do empresariado em relação ao futuro, cresceu 7,1 pontos, a maior variação mensal desde julho de 2020 (8,5 pontos), e atingiu 101 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção recuou 0,2 ponto percentual, para 75,8%. (ABr)

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