Cemig compra fatia em 6 usinas fotovoltaicas no Estado

9 de abril de 2022 às 0h29

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Crédito: Marcos Santos / USP

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), por meio de sua subsidiária Cemig SIM, cujas atividades são centradas na geração distribuída, anunciou mais uma aquisição de usinas de geração fotovoltaica no Estado. Dessa vez, a empresa comprou 49% das participações da G2 Energia e da Apolo Empreendimentos e Energia, em uma operação avaliada em R$ 37,2 milhões

Conforme divulgou a empresa, a compra de novas fatias de unidades geradoras fazem parte do crescimento contínuo e da estratégia da empresa de aumentar a parcela de energia disponibilizada ao mercado. A empresa estima que durante todo o ano devem ser investidos até R$ 310 milhões para seguir com o projeto de aquisição e construção de fazendas solares. Somente neste momento, a Cemig SIM está prospectando novas 50 usinas para fazer parte do portfólio de geração da empresa. 

Os dados da empresa de geração distribuída dão conta, ainda, de que, no comparativo entre 2020 e 2021, a empresa cresceu 41% e alcançou a marca de 6 mil clientes. As estimativas são de que todos esses consumidores economizaram, de forma conjunta, cerca de R$ 21 milhões na conta de energia elétrica e deixaram de emitir o equivalente a 14 toneladas de carbono na atmosfera. 

As novas usinas 

Juntos, os novos empreendimentos têm potência instalada de 18,5 megawatts-pico (MWp), energia que será destinada a 1.800 clientes dos mercados atendidos pela empresa Cemig SIM. As usinas estão localizadas no município de Lavras, sendo operadas sob os títulos de Apolo 1 e 2, Campo Lindo 1 e 2 e Olaria 1 e 2. Neste momento, com exceção de Apolo 2 e Olaria 2, as demais usinas já se encontram conectadas. 

A operação deve ser concluída após a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Em seu comunicado ao mercado, a Companhia Energética de Minas Gerais ressaltou que o negócio entre a Cemig SIM e as Sociedades de Propósito Específico, representadas pela G2 Energia e a Apolo Empreendimentos e Energia, busca impulsionar o crescimento da empresa com a diversificação da matriz energética renovável. 

“Essa transação reforça a estratégia da Companhia de crescimento sustentável no mercado de Geração Distribuída, o compromisso de criação de valor com investimentos em projetos que contribuem para diversificação e ampliação de seu portfólio através de fontes de energia renováveis e reforço da matriz elétrica do Estado de Minas Gerais”, afirmou em comunicado.

Demanda e marco legal da GD

A Cemig SIM avalia que a publicação recente do Marco Legal da Geração Distribuída, instituído pela Lei Federal 14.300, de 2022, deve promover aumento no mercado potencial de geração distribuída compartilhada. Segundo a empresa, a elevação da demanda deve ser influenciada, principalmente, pela inclusão de modalidades que permitem que condomínios civis voluntários, edifícios e associações civis possam contratar energia solar fotovoltaica para suprir as necessidades de determinados locais. 

Outras previsões legais que devem promover uma corrida às empresas, ora para contratação via empresas como a Cemig SIM, ora para a instalação de microusinas de geração própria, são as alterações nos cálculos da cobrança do custo de disponibilidade, já que 12 meses após a criação da lei, de janeiro de 2022, haverá, por exemplo, uma cobrança pelo uso do sistema de distribuição. 

Microgeração alcançará a capacidade de Itaipu

São Paulo – A geração própria de energia solar no País deve alcançar a capacidade da usina hidrelétrica de Itaipu em setembro, segundo projeção da  Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar)

Para atingir a marca, a potência dos sistemas instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos de casas, comércios e indústrias deve chegar a 14 gigawatts. Neste mês, a capacidade somou 10 gigawatts.

Segundo a entidade, que espera registrar recordes de crescimento do mercado neste ano, o Brasil tem mais de 930 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede.

Os consumidores residenciais respondem por cerca de 77% das instalações de geração própria. Depois, aparecem as pequenas empresas dos setores de comércio e serviços (12,7%) e consumidores rurais (7,7%). Indústrias vêm em quarto lugar (2%).

Essa marca de Itaipu já havia sido alcançada, em março, pela geração de energia solar no Brasil, mas apenas com a somatória das usinas de grande porte e os sistemas de geração própria. Nesta sexta-feira (8), a Absolar anunciou que essa capacidade chegou a 15 gigawatts. (Joana Cunha/Folhapress)

ONS reduz a projeção de carga em abril

Brasília – O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) previu uma melhora das chuvas e do nível de reservatórios das usinas hidrelétricas da região Sul, ao mesmo tempo em que reduziu sua projeção de carga de energia no País para o mês de abril.

O órgão estimou nesta sexta-feira (8) que as hidrelétricas do Sul receberão chuvas equivalentes a 189% da média histórica em abril, ante 140% estimados na semana passada.

Já o nível dos reservatórios na região devem atingir 70% da capacidade ao final do mês, contra 50% previstos anteriormente.

O ONS também elevou sua projeção para as chuvas nas hidrelétricas do Nordeste em abril (58% da média histórica, ante 49%), manteve a previsão para o submercado Sudeste/Centro-Oeste (73%) e fez um ajuste marginal para o Norte.

Para os reservatórios das usinas do Sudeste e Centro-Oeste, a expectativa é de que alcancem 68,2% da capacidade no final deste mês, ante 68,5% estimados na semana passada.

Com relação à carga nacional de energia elétrica, a projeção foi reduzida de aumento de 4,5% para 2,3% ante abril de 2021.

Ainda de acordo com a ONS, para a semana que vai de 09 a 15 de abril, indica que o Custo Marginal de Operação (CMO) reduzirá 83,86% nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul em relação à semana anterior. Os valores estavam equalizados em R$ 40,15/MWh e devem atingir R$ 6,48/MWh. Já as regiões Norte e Nordeste permanecerão com custos zerados.

Segundo o operador, a expectativa de afluências, ou seja, a energia que vem das chuvas, é positiva para abril. O destaque é para a região Sul que deve terminar o mês registrando 189% da Média de Longo Termo (MLT). Os índices, também considerando dia 30 de abril, no Norte e no Nordeste, serão de 105% e 58% da MLT, respectivamente. No Sudeste/Centro-Oeste, as afluências indicam 73% da MLT. (Reuters)

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