Indústria de bens de capital vê 2020 melhor

28 de outubro de 2020 às 0h17

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Setor já retornou aos níveis registrados antes da chegada da pandemia de coronavírus no Brasil | CREDITO: ALISSON J. SILVA

Se há alguns meses, o setor de máquinas e equipamentos projetava encerrar 2020 com queda no faturamento de pelo menos 10% em relação ao ano anterior, em virtude dos impactos econômicos da pandemia de Covid-19, agora o cenário é diferente.

Passado o pior da crise sanitária e apurando aumento da demanda a partir de diferentes setores, a indústria de bens de capital nacional e mineira já prevê fechar o exercício com desempenho semelhante ao apurado em 2019.

A informação é do membro do Conselho da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) – Regional Minas Gerais, Marcelo Luiz Veneroso. Segundo ele, os dados relativos ao mês de setembro serão divulgados hoje (28) e, no geral, se mostraram bem positivos, elevando o otimismo do setor para o restante do ano.

“Retornamos ao nível anterior à pandemia com indicações de tendências ainda melhores para os próximos meses. Ainda é cedo para falarmos sobre o encerramento do ano, mas em termos de receitas, deveremos fechar 2020 no zero a zero com 2019, o que já é positivo diante do cenário imposto nos últimos meses”, afirmou.

O incremento da demanda tem vindo de diferentes setores, especialmente da construção civil, segundo Veneroso. Além disso, o mercado internacional, conforme ele, está com bastante apetite para as máquinas brasileiras.

“Por enquanto, a economia nacional está sendo puxada pela demanda vinda de outros países. E isso tem ocorrido, inclusive, por um melhor cenário para os investidores. Finalmente alcançamos um patamar aceitável em termos de câmbio e recuperamos nossa competitividade. Os investidores estão acreditando no País”, ressaltou.

Especificamente sobre o balanço do setor de máquinas e equipamentos, o membro do Conselho da Abimaq disse que os dados de setembro revelam que o consumo aparente ficou positivo em setembro, da mesma forma que a receita líquida interna.

“A receita líquida positiva e a menor presença de componente importados nos equipamentos indicam que há uma substituição clara por itens nacionais. Além disso, os índices de exportação estão crescentes no mês, mas frente ao mesmo período do ano passado e no acumulado dos 12 meses continuam negativas”, completou.

Insumos – Por fim, Veneroso confirmou que as empresas também estão tendo dificuldade em encontrar insumos, assim como outros diversos setores produtivos nacionais.

“Estamos observando falta de aço e derivados de borracha. Mas estamos em contato constante com os fornecedores, de maneira a sanar esta lacuna. No caso do aço, formamos até um comitê de análise do mercado não apenas em função da falta, mas também dos aumentos expressivos no preço”, contou.

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