Estado assina protocolos superiores a R$ 10 bilhões

18 de dezembro de 2019 às 0h19

img
Empresas de setores como mineração, siderurgia, energia e alimentos devem anunciar os planos de investimentos nesta quarta-feira na Cidade Administrativa - CRÉDITO: ALISSON J. SILVA

O governo de Minas assina hoje os últimos protocolos de intenções de 2019. Ao todo, 15 empresas de diferentes setores, entre mineração, metalurgia, energia, farmacêutico e alimentos formalizam investimentos no Estado que ultrapassam a casa dos R$ 10 bilhões. Com as negociações, os aportes atraídos por Minas Gerais no decorrer deste ano totalizarão mais de R$ 56,3 bilhões.

Este é o maior valor conquistado pela Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (Indi) no período de um ano. Até então o recorde era de R$ 52 bilhões, atraídos em 2010. As informações são de uma fonte ligada às negociações.

Balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede), na última semana, informou que a estimativa no início de 2019 era de R$ 45 bilhões. O resultado deve superar a expectativa em mais de 25%.

A meta do governo Romeu Zema é alcançar R$ 150 bilhões e gerar 600 mil empregos diretos até 2022. Até o momento, 58 protocolos foram assinados, gerando cerca de 16 mil empregos diretos e 64 mil indiretos. A arrecadação prevista de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) a partir desses investimentos é de R$ 550 milhões já em 2020.

Entre os setores que mais conquistaram projetos até agora aparece o de energia, com foco em energias renováveis em primeiro lugar, com R$ 26 bilhões. Somados aos investimentos de R$ 8 bilhões em energia (total de R$ 34 bilhões), o setor responde por 67,7% do total de investimentos, ultrapassando a mineração, com R$ 10,6 bilhões (21,1%).

Energia solar – Além disso, atraíram os maiores montantes as regiões Norte e Nordeste do Estado, ao concentrarem os investimentos em energia solar com R$ 32,4 bilhões.

Apenas neste mês, a Solatio Energia formalizou investimentos de R$ 19,6 bilhões na implantação de usinas fotovoltaicas em nove municípios mineiros, totalizando 6.552 megawatts (MW) de potência.

Os empreendimentos serão instalados em Araxá (120 MWp), Arinos (1.300 MWp), Buritizeiro (650 MWp), Coromandel (80 MWp), Francisco Sá (122 MWp), Jaíba (310 MWp), Janaúba (1.500 MWp), Paracatu (420 MWp) e Várzea da Palma (2.050 MWp). Somente os empregos diretos deverão somar mais de 3,2 mil postos. O cronograma prevê o início da implantação para janeiro de 2021 e das operações em janeiro de 2022.

Setor industrial – Já em setembro, o governo assinou protocolo de intenções com a Sul Americana de Metais (SAM), subsidiária da chinesa Honbridge Holdings, para o chamado Bloco 8, empreendimento de mineração previsto para o Norte do Estado, sob inversões de R$ 7,9 bilhões.

De acordo com o projeto negociado com o governo do Estado, o empreendimento vai contar com uma usina de concentração de minério, barragem de rejeitos com capacidade de armazenagem de 845 milhões de metros cúbicos, além de barragens de água. Até 27 milhões de toneladas de minério de ferro poderão ser produzidos por ano. Para isso, serão utilizadas jazidas de Grão Mogol e Padre Carvalho.

Além disso, grandes empresas como a Fiat Chrysler Automobiles (FCA), a Ambev e a Azul Linhas Aéreas ampliaram os aportes em Minas Gerais. A Fiat anunciou R$ 500 milhões para uma fábrica de motores a ser instalada em Betim, na RMBH; e a Ambev R$ 700 milhões em uma unidade de latas em Sete Lagoas (região Central).

Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

Siga-nos nas redes sociais

Comentários

    Receba novidades no seu e-mail

    Ao preencher e enviar o formulário, você concorda com a nossa Política de Privacidade e Termos de Uso.

    Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

    Siga-nos nas redes sociais

    Fique por dentro!
    Cadastre-se e receba os nossos principais conteúdos por e-mail