Novo presidente do Indi manterá atuação nas regiões mais pobres

13 de maio de 2021 às 0h28

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Crédito: Divulgação/Indi

Entra governo e sai governo, a diversificação econômica sempre esteve em discussão em Minas Gerais. Romeu Zema (Novo) não cansa de repetir o objetivo de facilitar a vida de quem quer empreender no Estado e as ações que podem contribuir para a atração de investimentos.

Mais do que executar projetos que confirmem esses propósitos, o novo diretor-presidente da Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior do Estado (Indi), João Paulo Braga, pretende dar continuidade à política de fortalecimento das cadeias produtivas e também desenvolver políticas que fortaleçam o ambiente de negócios em regiões com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

“A responsabilidade é grande. Estou honrado e animado em assumir uma instituição de tamanha importância. Faremos uma gestão de continuidade, focados no processo de transformação da agência, pautados pela área de desenvolvimento econômico e de acordo com as propostas do governador, seguindo uma agenda de fortalecimento, desburocratização e simplificação“, resumiu o economista e administrador público que acaba de assumir o posto até então ocupado por Thiago Toscano, que passou a comandar a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).

Braga, que até então ocupava o cargo de diretor de Atração de Investimentos do Indi, ressaltou que continuidade não pode ser confundido com acomodação. E disse que seu principal desafio à frente do Indi estará, justamente, na descentralização dos investimentos recebidos por Minas Gerais, levando-os até regiões menos favorecidas como os Vales do Jequitinhonha e Mucuri.

Para isso, conforme ele, a equipe já está se mobilizando em um trabalho junto às prefeituras e comunidades da região, como forma de identificar oportunidades, obstáculos e potenciais. “É importante fazermos a leitura de quais negócios podem estar nestes locais e que agregarão valor e ganhos para as regiões. Depois, aproximar dos negócios potenciais e apresentar uma proposta que faça sentido para todos. O desafio é juntar todas as pontas”, revelou.

Sobre a tão falada e almejada diversificação econômica, o novo presidente acredita que, mais do que nunca, está de fato acontecendo. Ele citou exemplos no agronegócio e na cadeia de alimentos, por meio de indústrias de processamento de batatas nas regiões do Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro com as empresas Bem Brasil e McCain. Na indústria de bebidas, lembrou da Cervejaria Cidade Imperial – dona da cerveja Império – que instalada em Frutal (também no Triângulo), fez com que a norte-americana Ball Corporation, fabricante de latas, também investisse na região.

“E o e-commerce, que virou essa potência. Minas sempre foi conhecida pela posição geográfica e boas condições logísticas e agora isso começou a se traduzir em geração de emprego e renda. Hoje, os dez maiores operadores do setor possuem operações em Minas Gerais“, exemplificou.

Mais investimentos para Minas Gerais

E não para por aí. Braga informou que os investimentos continuarão sendo atraídos e que não apenas o e-commerce, mas setores como alimentos e bebidas e energia continuarão ditando os rumos econômicos do Estado, por meio da chegada de novos empreendimentos – dando uma pista do que pode estar por vir.

E, segundo ele, para começar com o pé direito, no mesmo dia em que o Conselho da agência aprovou seu nome para a presidência, a Vulcabras, maior gestora de marcas de artigos esportivos do País – detentora das marcas Mizuno, Olympikus, Under e Armour -, inaugurou um centro de distribuição (CD) em Extrema, no Sul de Minas.

Por fim, o presidente enalteceu os resultados do Indi até aqui. Por meio das ações da agência, o Estado bateu recorde histórico de investimentos em 2019 – quando atraiu R$ 55,9 bilhões – e alcançou o volume de R$ 32 bilhões em aportes em 2020. E, apesar dos impactos da pandemia, tudo indica que 2021 vai superar o somatório de ambos os exercícios.

“Já somamos R$ 121 bilhões (dos quais R$ 33 bilhões nos quatro primeiros meses deste exercício). Mas mais do que o número em si, as empresas que chegaram a Minas mostram a importância do trabalho. Quando empresas globais e líderes em seus segmentos, como Heineken, Amazon, Mercado Livre, Ball, optam por se instalarem aqui, elas funcionam como uma vitrine e alavancam o potencial de atrairmos outros negócios e diversificar ainda mais nossa economia”, argumentou.

Perfil

João Paulo Braga é economista pela UFMG, administrador público pela Fundação João Pinheiro, MPA e possui Certificado em Desenvolvimento Econômico pela University of Pennsylvania, EUA.

Era diretor de atração de investimentos do Indi e conduziu as negociações que viabilizaram a atração ou expansão de grandes empresas para Minas Gerais como Amazon, Mercado Livre, Heineken, Verallia, Yara, Mcain, Bem Brasil, dentre outras.

Já atuou como consultor de gestão em grandes organizações como BNDES e Finep. Também já atuou como Superintendente de Arranjos Produtivos Locais e Assessor Estratégico na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico.

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