Indústria de vestuário de Divinópolis se recupera

7 de agosto de 2021 às 0h27

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Entre os desafios enfrentados pelo setor está a falta de insumos | Crédito: Alisson J. Silva/Arquivo DC

O polo da moda de Divinópolis, na região Centro-Oeste, está com o setor fabril a todo vapor. Nesta semana os lojistas começam a ocupar as araras com os lançamentos primavera/verão. A expectativa é a de que o setor feche o ano com faturamento superior a 60%. A estimativa é do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Divinópolis (Sinvesd).

Segundo o diretor financeiro do Sinvesd, Donisete Saldanha, a recuperação do setor do vestuário começou ainda na estação de inverno.

“Para nós, a coleção do inverno já acabou. Ainda há algumas liquidações, mas a produção das indústrias já encerraram. Nossa avaliação é que foi um inverno positivo. No ano passado, passamos por essa estação de lojas fechadas. Muitos empresários optaram por não encomendar nenhuma peça e as vendas foram baixas. Neste ano, a estação nem acabou e estamos fechando com um faturamento superior a 25%, uma surpresa”, explica.

Ainda de acordo com Saldanha, com a abertura recente do comércio em todo o País, os empresários começam a investir nas novas coleções. A procura agora não está mais concentrada em estoques pequenos para pouca distribuição, com o planejamento de que a mercadoria não fique “encalhada”. “Agora, os empresários estão retomando o planejamento normal das lojas. Com a expectativa de abertura constante do empreendimento sem as determinações de restrições ou fechamentos temporários de cada município”, esclarece o diretor financeiro do Sinvesd.

Para o Sinvesd, o primeiro semestre deste ano foi negativo, assim como todo o ano de 2020. O motivo ainda está relacionado às sequelas da pandemia da Covid-19. Donisete Saldanha avalia que as restrições a respeito da permanência de abertura do comércio, a falta de insumos e matéria-prima na confecção de roupas foram alguns dos fatores que prejudicaram o setor.

“Nossas fábricas foram muito prejudicadas com a falta de insumos e matéria-prima, pois há produtos e tecidos que não temos como substituir. Além disso, a queda drástica na produção e nas encomendas afetou muito a questão do emprego e da manutenção de algumas indústrias na região. Para se ter uma ideia, no ano passado até o primeiro semestre deste ano, o faturamento das indústrias de Divinópolis tiveram uma queda de 50%”, pontua.

Além da abertura gradual do comércio, o Sinvesd acredita que a flexibilização de festas, eventos, aberturas de bares e restaurantes acabam estimulando as pessoas a investirem em novos vestuários. “Durante os picos mais críticos da pandemia, o que estava na moda eram apenas os pijamas, agora as pessoas começam gradativamente a investir em roupas. Isso movimenta todo o setor do vestuário, o que é fantástico”, opina Saldanha.

Desafios 

O diretor do Sinvesd acredita que os principais desafios dos empresários do setor são vencer a falta de insumos e matéria-prima, a falta de mão de obra e ao mesmo tempo conseguir atender toda a demanda reprimida do ano passado e do primeiro semestre deste ano. Apesar do avanço da vacinação no País, o setor ainda não está investindo em maquinários ou em novos componentes para a produção de novos modelos ou marcas.

O sindicato informou ainda que devido à pandemia da Covid-19 o processo de criação da marca coletiva está paralisado e ainda não há prazo para ser retomada. A expectativa é a de que o projeto seja retomado ainda neste ano.

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