Produção industrial tem avanço de 1,7% em Minas

12 de maio de 2021 às 0h30

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Crédito: Divulgação

A produção da indústria, em Minas Gerais, vem apresentando resultados positivos em 2021. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial no Estado apresentou um crescimento de 1,7% em março na comparação com fevereiro, na série com ajuste sazonal. 

Minas Gerais foi uma das seis regiões pesquisadas pela entidade que apresentaram incremento nos números do setor em março, enquanto as outras nove regiões registraram retração. O resultado positivo da indústria mineira em março, alta de 1,7%, ficou acima da média nacional que apresentou queda de 2,4% frente a fevereiro.  

Avanço também foi observado quando comparado o desempenho da indústria em março de 2021 com igual mês do ano anterior. No terceiro mês de 2020, os primeiros impactos negativos da pandemia de Covid-19 começaram a ser sentidos no País e foram implantadas medidas restritivas para conter o avanço que prejudicaram a produção industrial.

Em 2021, a situação tem sido diferente e, de acordo com os dados do IBGE, o crescimento em março foi de 12,5%, superando a média nacional (10,5%).

“A pesquisa revelou que, quando se observa março de 2021 com o mesmo mês de 2020, o impacto das medidas restritivas adotadas este ano foi menor. O lockdown adotado em março de 2020 teve um impacto muito maior na atividade industrial do que a segunda onda iniciada em março de 2021. Tanto é que temos, em março de 2021, indicadores positivos frente fevereiro, com avanço de 1,7%. Em relação a março do ano anterior, houve um crescimento elevado em Minas de 12,5% e superior à média nacional”, explicou Claudia Pinelli.  

Atividades – Em março de 2021, foi registrado avanço em nove das 13 atividades divulgadas pelo IBGE, em relação a igual mês do ano anterior. Os maiores avanços na indústria de Minas Gerais foram observados nas atividades de fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (67,8%), fabricação de produtos têxteis (33,4%) e fabricação de produtos de minerais não metálicos (23,7%).

Por outro lado, as atividades de fabricação de celulose, papel e produtos de papel recuaram 37,8%, fabricação de outros produtos químicos caiu 14,4% e fabricação de produtos alimentícios ficou 2,8% menor. 

No acumulado de janeiro a março, o resultado da indústria mineira também foi positivo. Os dados do IBGE mostram que a expansão em Minas Gerais foi de 9,5% no primeiro trimestre. A variação positiva também ficou maior do que a verificada na média nacional, que avançou 4,4% frente ao primeiro trimestre de 2020.

“O aumento mostra a evolução da atividade e o maior dinamismo também”, disse Cláudia. 

No acumulado do ano até março, os avanços mais expressivos foram vistos na fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (47,4%), fabricação de produtos têxteis (18%) e fabricação de produtos de minerais não-metálicos, com alta de 17,8%. Já a fabricação de outros produtos químicos retraiu 15,9%, fabricação de celulose, papel e produtos de papel, 14,5%, e fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis 4,6%.

Nos últimos 12 meses, encerrados em março, a produção da indústria mineira cresceu 0,7%. No País, o resultado foi negativo, com recuo de 0,6%. 

Produtividade no trabalho recua 2,5%

Brasília – A produtividade do trabalho na indústria brasileira caiu 2,5% no primeiro trimestre de 2021, na comparação com o último trimestre de 2020, segundo levantamento divulgado ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a entidade, o número de horas trabalhadas aumentou em 1,9%. Apesar deste aumento, foi registrada uma queda de 0,5% em termos de produção.

O índice de produtividade representa o volume produzido pela indústria da transformação dividido pela quantidade de horas trabalhadas. Segundo a CNI, a incerteza trazida pela pandemia está afetando a produtividade das empresas.

“Soma-se à elevada incerteza, o desarranjo das cadeias produtivas, associado a: estoques ainda baixos, alta dos custos e aumento da escassez de insumos e matérias-primas”, detalha a CNI ao informar que, desde o início da pandemia, os movimentos da produtividade do trabalho vêm sendo influenciados “principalmente pela conjuntura e não por mudanças duradouras, como maior qualificação do trabalho ou inovações tecnológicas”.

Ainda de acordo com a entidade, essas dificuldades afetam a capacidade de planejamento das empresas para estabelecer o ritmo de produção. Além disso, o descompasso no primeiro trimestre, entre as horas trabalhadas e a produção, foi influenciado pelo esgotamento dos prazos dos acordos celebrados em 2020, que permitiram adiantamento de férias, redução de salário e jornada e suspensão do contrato de trabalho. (ABr)

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