Pesquisa revela que executivas sofrem com a “síndrome da impostora”

27 de abril de 2021 às 0h15

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Crédito: Freepik

De acordo com a pesquisa “Acelerando o futuro das mulheres nos negócios”, produzida pela KPMG, para 77% das executivas entrevistadas, a diferença entre o que elas esperavam da vida pessoal ou da carreira e a realidade que elas realmente conquistaram pode ter desencadeado a síndrome da impostora. O levantamento indicou ainda que 56% das entrevistadas que atuam em cargos de liderança temem que as pessoas ao redor não acreditem que elas são capazes quanto o esperado. A síndrome da impostora é a incapacidade persistente de crer que o sucesso é merecido ou alcançado com trabalho duro, habilidades e capacidades destacadas, acreditando que o êxito ocorre por outros meios como sorte ou estar no lugar certo e na hora certa.

Segundo o estudo, 57% das mulheres entrevistadas disseram que experimentaram a síndrome da impostora quando assumiram um novo papel de liderança ou ascenderam ao nível de executivas. Já outras 47% relataram que sofrem com a síndrome da impostora devido ao fato de nunca esperaram atingir o nível de sucesso que alcançaram.

“Existe a percepção que a síndrome da impostora se infiltra com maior intensidade durante os tempos de transição, como começar um emprego novo, alcançar um nível maior de sucesso mais rápido que se espera ou mesmo enfrentar as mudanças exigidas pela pandemia. Há relatos de executivas que a sensação de impostora apareceu em situação em que foram desafiadas por não corresponder às expectativas que outros stakeholders tinham sobre idade, gênero e cor do ocupante daquela cadeira”, explica a sócia-líder do Comitê de Inclusão e Diversidade da KPMG no Brasil e América do Sul da KPMG, Patrícia Molino.

A pesquisa também mostra que 74% das entrevistadas não acreditam que os líderes homens sofram da síndrome do impostor na mesma amplitude, embora saibam que os executivos também tenham dúvidas. Além disso, 81% das mulheres que atuam em cargos de liderança afirmaram que, diferente dos homens, colocam mais pressão sobre si mesma para não fracassar.

“Há exemplos culturais e modelo de comportamento para explicar o motivo pelo qual os executivos não demonstraram que também sofram da síndrome do impostor. No caso das mulheres, as pressões e autocríticas são os principais fatores que contribuem para as dúvidas e incertezas. Existe uma margem de erro muito menor do que os homens em posições de liderança semelhantes”, afirma a sócia.

Por fim, o levantamento indica que 47% executivas citam ter um líder solidário como principal fator para reduzir a síndrome da impostora no trabalho. Já 28% identificaram o fato de sentirem-se valorizadas e recompensadas de forma justa como fator essencial de um ambiente de trabalho positivo. Outras 25% apontaram que fazer parte de uma equipe colaborativa ajuda a criar um sentimento de pertencimento que se opõe à síndrome da impostora.

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