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Deu na Globo: Açaí e chocolates foram vendidos com veneno letal

Por Pedro Silvini
16/06/2025
Em Geral
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chocolate

(Reprodução/IStock)

Uma denúncia grave, exibida pelo programa Fantástico no último domingo (8), expôs uma ameaça à saúde pública que parece ter saído de um enredo de filme, mas é absolutamente real: alimentos como açaí, baião de dois, bolos e chocolates têm sido usados para envenenamento com trióxido de arsênio, um composto químico altamente letal. O caso mais chocante envolve a morte da adolescente Ana Luiza Neves, de 17 anos, em Minas Gerais, após consumir um bolo entregue por um motoboy.

O laudo pericial confirmou: o doce continha trióxido de arsênio, substância conhecida historicamente por seu uso em assassinatos silenciosos. O veneno foi adquirido facilmente pela internet. A autora do crime, também menor de idade, confessou o ato e cumpre medida socioeducativa.

Casos se espalham pelo país e revelam padrão macabro

Embora o episódio de Ana Luiza tenha ganhado notoriedade, o caso não é isolado. Centros de Toxicologia em diversos estados registraram ocorrências similares, envolvendo açaí, ovos de Páscoa, baião de dois e bolos caseiros contaminados com arsênio ou chumbinho — este último, proibido por lei.

No Rio Grande do Sul, quatro pessoas morreram após consumir um bolo com o mesmo veneno. A prática tem se repetido em diferentes regiões do país, e as vítimas, em sua maioria, desconheciam completamente o risco ao consumir os alimentos.

O trióxido de arsênio é usado na indústria e em tratamentos oncológicos, mas não é uma substância controlada no Brasil. Isso significa que qualquer pessoa pode adquiri-la, inclusive pela internet.

Dois projetos de lei foram apresentados no Congresso para tentar mudar essa realidade:

  • PL 985/2025 – Proíbe a venda do arsênio sem identificação do comprador e comprovação de necessidade;
  • PL 1381/2025 – Regula a comercialização, transporte e armazenamento da substância.

Ambos os projetos aguardam designação de relatores na Câmara dos Deputados e não têm previsão de tramitação. Enquanto isso, a ameaça persiste.

Falta de antídotos agrava quadro

Além da facilidade de compra, o Brasil enfrenta uma grave deficiência no acesso a antídotos para intoxicação por arsênio. De acordo com Patrícia Drummond, médica toxicologista e diretora da Associação Brasileira dos Centros de Intoxicação, o tratamento adequado é raro na maioria dos hospitais públicos.

O Ministério da Saúde informou que há previsão de criação de uma linha de cuidados para intoxicados apenas até 2030, o que gera críticas pela demora.

Urgência por regulamentação e informação

O episódio do Fantástico gerou forte repercussão nas redes sociais e chamou atenção para a urgente necessidade de regulamentar o uso e a venda do trióxido de arsênio, além de ampliar a fiscalização e garantir estrutura nos centros de saúde para lidar com intoxicações graves.

A Anvisa e o Ministério da Saúde ainda não anunciaram medidas emergenciais, mas a repercussão pode acelerar as discussões no Legislativo. Enquanto isso, especialistas recomendam que, diante de qualquer suspeita de envenenamento, o cidadão procure imediatamente um Centro de Toxicologia (CIATOX) e informe os sintomas.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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