Depois de uma sequência de quedas, a popularidade do presidente Lula reagiu, em parte graças ao embate com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na semana passada, o republicano anunciou taxas de 50% sobre os produtos brasileiros, mencionando o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), que ele definiu como uma “caça às bruxas”, como um dos motivos.
A pesquisa Genial/Quaest divulgada na última quarta-feira (16) mostrou que a taxa de desaprovação do governo teve um recuo de 57% para 53% em relação à última medição, do dia 4 de junho. A taxa de aprovação aumentou de 40% para 43%. De acordo com matéria do O Globo, é a primeira melhora na avaliação do petista desde julho do ano passado.
Nessa questão do tarifaço, 44% dos entrevistados veem Lula como o “mais certo” no embate contra Trump, enquanto 29% pensam o mesmo sobre o bolsonarismo. Essa prevalência do governo como o “certo” na briga se repetiu entre quem diz não ter posicionamento político.
Outro fator ajudou a popularidade de Lula
Além da reação ao anúncio de Trump, outro ponto que ajudou Lula foi a campanha da sua base em favor da taxação dos super-ricos.
Na avaliação do diretor da Quaest, o cientista político Felipe Nunes, essa melhora na popularidade aconteceu principalmente na classe média com maior escolaridade do Sudeste. “São os segmentos mais informados da população, que se percebem mais prejudicados pelas tarifas de Trump, e que consideram que Lula está agindo de forma correta até aqui, por isso passam a apoiar o governo”, explica o cientista, segundo O Globo.