Em 22 de maio de 1960, o terremoto de Valdivia atingiu o Chile, gerando a maior magnitude já registrada, 9,5 na escala Richter. Considerado o mais intenso do mundo, afetou principalmente a cidade de Valdivia, localizada 830 km ao sul de Santiago.
Mais de 1.600 pessoas morreram e cerca de 2 milhões ficaram desabrigadas. Esse evento destacou a urgência de monitoramento contínuo das costas marítimas suscetíveis.
Um tsunami de escala global
O terremoto desencadeou um tsunami que cruzou o Oceano Pacífico, afetando regiões como Havaí, Japão, Filipinas e a costa oeste dos Estados Unidos. As ondas atingiram o Havaí após 15 horas, causando destruição significativa.
O Japão também foi gravemente afetado 22 horas depois. Essas catástrofes revelaram a interconectividade dos fenômenos naturais, mostrando como suas ondas podem atravessar vastas distâncias.
Impacto nas estruturas e populações
O sismo comprometeu seriamente infraestruturas no Chile, resultando na destruição de mais de 58 mil residências. Nos arredores de Valdivia, deslizamentos de terra bloquearam o Rio San Pedro, exigindo esforços significativos para evitar maiores danos à vegetação e à infraestrutura.
O tsunami resultante também causou 138 mortes no Japão e 61 no Havaí, evidenciando o efeito do impacto em terras distantes.
Prevenção global
O terremoto de Valdivia impulsionou a criação do Sistema de Alerta e Mitigação de Tsunamis no Pacífico, em 1965. Este grupo inclui 46 nações que colaboram para monitorar atividades sísmicas e prever tsunamis, destacando a importância da cooperação internacional para reduzir riscos em regiões vulneráveis. O Brasil, contudo, não faz parte desse grupo.
O evento de 1960 promoveu avanços significativos na compreensão das atividades sísmicas. A imensa energia liberada permitiu aos cientistas estudar a propagação de ondas sísmicas planeta adentro.