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Governo surpreende e manda desativar todos os radares do Brasil

Por Pedro Silvini
05/08/2025
Em Geral
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rodovia

(Reprodução/IStock)

Desde 1º de agosto de 2025, todos os radares das rodovias federais brasileiras foram desativados por falta de recursos orçamentários para manter o Programa Nacional de Controle Eletrônico de Velocidade (PNCV). A decisão atinge 47 mil quilômetros de estradas monitoradas pelo sistema e preocupa especialistas em segurança viária.

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a paralisação é consequência do corte de 88% no orçamento destinado à fiscalização eletrônica. Para manter os contratos ao longo do ano, seriam necessários R$ 364 milhões, mas a Lei Orçamentária Anual liberou apenas R$ 43,3 milhões. Com suplementações e restos a pagar, o valor chegou a R$ 79,6 milhões, insuficiente para cobrir as despesas até dezembro.

A Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Tráfego (Abeetrans) já alertou que entrará na Justiça caso os radares não sejam religados. De acordo com a entidade, os equipamentos são essenciais para conter o excesso de velocidade, principal fator de mortalidade nas estradas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O desligamento compromete também as metas do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRans), que prevê reduzir em 50% as mortes no trânsito até 2030.

“É impossível proteger quem trafega sem os radares operando integralmente”, afirmou Sílvio Médici, presidente da Abeetrans.

Em 2024, o Brasil registrou 34 mil mortes e cerca de 200 mil pessoas com sequelas em acidentes nas rodovias. Além do custo humano, o impacto econômico é alto: estudo do Ipea aponta que os sinistros em rodovias federais geram cerca de R$ 22,6 bilhões por ano para a sociedade.

Receita das multas e judicialização

Além da função preventiva, o sistema de radares também representa arrecadação. Em média, R$ 1,1 bilhão por ano entra nos cofres públicos por meio de multas aplicadas com fiscalização eletrônica. Desde 2023, porém, a verba passou a ser redirecionada para despesas administrativas do DNIT, o que comprometeu a manutenção do PNCV.

O órgão ainda tenta negociar com a Casa Civil e o Ministério dos Transportes a recomposição do orçamento. Caso contrário, a suspensão do programa poderá configurar descumprimento de decisão judicial, já que existe um acordo entre governo federal e Ministério Público Federal para manter e ampliar a cobertura do sistema.

Risco imediato

Atualmente, 21 contratos do PNCV cobrem as 27 unidades da federação, monitorando cerca de 2 mil faixas de rodovias. O DNIT havia planejado expandir a cobertura para 4,7 mil faixas com novos editais, mas o plano está suspenso.

Com os radares desligados, especialistas temem aumento no número de acidentes fatais, especialmente em trechos críticos.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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