O primeiro-ministro francês, François Bayrou, propôs a eliminação de dois feriados nacionais como parte de um esforço para combater o crescente déficit do país. A medida, planejada para 2026, afetaria a Segunda-feira de Páscoa e o 8 de maio, um feriado que celebra o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa.
O objetivo é aumentar a receita pública e reduzir o déficit orçamentário da França, que deve atingir cerca de 6,1% do PIB, segundo dados recentes.
A proposta gerou tensão política, tanto entre grupos de oposição quanto na população geral. Políticos e cidadãos receiam que a redução dos feriados possa impactar negativamente a vida dos trabalhadores e comprometer tradições culturais.
François Bayrou afirma que a eliminação dos feriados pode gerar receitas adicionais significativas, enquanto tenta alinhar o número de dias de folga aos padrões de países vizinhos, como a Alemanha.
Impacto econômico
O corte dos feriados está inserido em uma política mais ampla de ajuste fiscal. Aumentar a produtividade por meio de mais dias úteis é uma das justificativas apresentadas pelo governo.
Estima-se que a retirada dos feriados contribuiria para a arrecadação de impostos, um ponto chave diante da dívida pública, que corresponde a 114% do PIB francês. Entretanto, a expectativa de aumentar a receita pública permanece um tema controverso e divisório.
Respostas políticas e sociais
A reação à proposta foi imediata. Partidos políticos e sindicatos estão planejando grandes manifestações em setembro. Pesquisas de opinião indicam ampla resistência entre a população.
Além disso, líderes políticos, incluindo figuras da extrema direita e da oposição de esquerda, se unem contra o que consideram uma abordagem de austeridade injustificada.