É aquele dia de calor em um sítio, você está sentado em uma mesa e os mosquitos não param de atormentar. Mas você nota que eles parecem ter um interesse especial em você, sobrevoando e pousando em você mais do que nas outras pessoas da mesa. E sim, isso pode acontecer e não é só maluquice da sua cabeça.
Em um estudo publicado em maio do ano passado, cientistas investigaram quais produtos químicos de odor corporal que ajudam a atrair mosquitos, observar a capacidade deles de rastrear cheiros a distância e estudá-los nos seus horários mais ativos.
Para isso, os pesquisadores criaram uma instalação protegida do tamanho de um ringue de patinação. Dentro, haviam seis tendas em que os participantes podiam dormir.
“O ar das tendas, contendo o hálito característico e o odor corporal dos participantes, foi bombeado através de longos tubos para a instalação principal em almofadas absorventes, aquecidas e infundidas com dióxido de carbono para imitar um ser humano dormindo”, explica matéria da CNN Brasil.
Por que alguns visitantes atraíam mais mosquitos do que outros?
Os cientistas descobriram que os insetos eram mais atraídos por ácidos carboxílicos do ar, como o ácido butírico, composto normalmente encontrado em queijos “fedorentos”. Esses ácidos são produzidos por bactérias que vivem na pele humana e são imperceptíveis.
Eles também descobriram que outra substância, chamada eucaliptol, encontrada em plantas, parecia repelir os insetos. A suspeita é que a alta concentração dessa substância em uma amostra seria devido à dieta de um dos participantes.
O Dr. Edgar Simulundu, diretor científico que é um dos autores do estudo, explica que essa descoberta abre caminhos para o desenvolvimento de iscas ou repelentes.