Mix Conteúdos Digitais
  • Início
  • Últimas Notícias
  • Contato
  • PUBLICIDADE LEGAL
Mix Conteúdos Digitais
Sem resultados
Ver todos os resultados
Mix Conteúdos Digitais
Sem resultados
Ver todos os resultados

Não são só as bebidas alcoólicas: azeite, queijo, mel e café também estão contaminados

Por Pedro Silvini
13/10/2025
Em Geral
0
alimento

(Reprodução/IStock)

O recente aumento de casos de intoxicação por metanol em São Paulo acendeu um alerta nacional sobre a segurança dos alimentos e bebidas consumidos no Brasil. Mas, ao contrário do que muitos imaginam, os riscos não estão restritos às bebidas alcoólicas. Produtos do dia a dia como azeite, mel, queijo, café e até arroz também estão entre os mais adulterados — e podem colocar a saúde em risco.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou que a Polícia Federal abriu investigação para apurar o aumento de casos de intoxicação por metanol no Brasil.

Até agora, foram registrados 217 casos suspeitos, sendo 29 confirmados e 12 mortes sob investigação. As vítimas teriam consumido bebidas alcoólicas adulteradas, vendidas em bares, entre eles o Ministrão (Jardins) e o Torres (Mooca), ambos interditados pela Vigilância Sanitária.

O metanol, substância usada em combustíveis e solventes, é extremamente tóxico. A ingestão pode causar cegueira, convulsões, falência renal e morte. Um dos casos ganhou destaque nacional após uma vítima relatar ter perdido a visão após tomar três caipirinhas em um dos bares investigados.

Fraudes alimentares: um problema global e crescente

Segundo estimativa da FDA, agência regulatória dos Estados Unidos, 1% de todos os alimentos produzidos no mundo sofrem algum tipo de fraude, o que causa prejuízos de até US$ 40 bilhões (R$ 216 bilhões) anuais.

Essas adulterações não apenas enganam o consumidor, como também representam sérios riscos à saúde pública — especialmente quando envolvem substâncias químicas, agrotóxicos ou ingredientes não declarados.

Um estudo publicado em 2024 no Journal of Food Protection, com base em 15 mil registros de fraudes alimentares entre 1980 e 2022, revelou que os dez alimentos mais fraudados no mundo são:

  1. Leite de vaca
  2. Azeite de oliva extravirgem
  3. Mel
  4. Carne bovina
  5. Pimenta em pó
  6. Azeite de oliva sem especificação de qualidade
  7. Cúrcuma em pó
  8. Leite em pó
  9. Vodka
  10. Ghee (manteiga clarificada)

Ao todo, 46% dos casos representavam risco direto à saúde, segundo os pesquisadores das empresas FoodChain ID, Henry Chin & Associates, Moore FoodTech e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Os países com mais ocorrências são Índia, China, Estados Unidos, Itália e Reino Unido. O Brasil aparece em uma posição intermediária, mas os dados mostram que o problema está crescendo.

Fraudes no Brasil: café, azeite, mel e até água de coco estão na mira

As fraudes alimentares no Brasil estão sendo monitoradas pelo Programa Nacional de Combate à Fraude em Produtos de Origem Vegetal (Pnfraude), do Mapa. O programa define metas anuais de fiscalização, mas os especialistas alertam que a estrutura ainda é insuficiente para o tamanho do mercado nacional.

De acordo com o Mapa, os produtos mais fraudados no Brasil em 2023 foram:

  • Vinho
  • Café
  • Azeite de oliva
  • Suco concentrado
  • Suco natural
  • Vinagre e fermentados acéticos
  • Água de coco
  • Feijão
  • Refrescos e preparados
  • Néctar

Só nesse ano, 131 mil litros de azeite de oliva com indícios de fraude foram apreendidos. Também houve apreensões de 66 mil litros de água de coco, 57 mil litros de vinho e 45 mil quilos de café adulterado.

Essas fraudes incluem práticas como:

  • Misturar óleo de soja ao azeite de oliva;
  • Acrescentar resíduos vegetais ao pó de café;
  • Substituir farinha de mandioca por farinha de arroz;
  • Vender arroz tipo 3 como se fosse tipo 1.

Como identificar produtos adulterados

Embora algumas fraudes sejam difíceis de detectar, há sinais de alerta que o consumidor pode observar:

  • Azeite: desconfie de preços muito abaixo da média e rótulos com erros ortográficos ou sem informações de origem;
  • Mel: textura excessivamente líquida e falta de cristalização natural indicam adição de xaropes;
  • Café: pó muito escuro e cheiro fraco podem indicar mistura com grãos de baixa qualidade ou resíduos;
  • Leite: sabor adocicado ou aparência aquosa sugerem diluição;
  • Vinho e destilados: lacres rompidos, ausência de selo fiscal e preços muito baixos podem indicar falsificação.
Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

Próximo post
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

GOL está com vagas abertas: companhia aérea vai contratar funcionários em massa

Confira!

99

Fim da plataforma? Usuários da 99 recebem péssima notícia

15/10/2025
Maquininha e cartão

Mastercard anuncia novo sistema para realizar compras online sem inserir dados do cartão

15/10/2025
Bolsa Familia

Bolsa Família de outubro chegará com acréscimo no valor

15/10/2025
  • Contato

Diário do Comércio | Mix

Sem resultados
Ver todos os resultados
  • Contato

Diário do Comércio | Mix