2024 foi um difícil para os viciados naquele cafezinho matinal. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado na última terça (11), o preço do café teve um alta de 50,3% nos últimos 12 meses.
E o preço não para de subir. Em relação a dezembro de 2024, o café já ficou 8,56% mais caro, mesmo com a inflação de alimentos tendo uma leve desacelerada entre dezembro e janeiro (1,18% para 0,96%). Em janeiro, o preço médio do café torrado e moído no vareja foi de R$ 56,07 por kg.
E ainda piora. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), a tendência é que o preço do grão suba mais 25% nos próximos dois meses. O presidente da Abic, Pavel Cardoso, explicou ao g1 que a indústria ainda não repassou ao consumidor o custo da compra do café. De 2023 para 2024, esse custo aumentou 116,7%.
Por que o café está ficando tão caro?
Segundo matéria do g1, alguns fatores prejudicaram a produção do grão e, consequentemente, deixaram ele mais caro para o consumidor.
Um dos principais é a crise climática. No ano passado, o calor elevado e os longos períodos sem chuva diminuíram as safras. Aliás, geadas e ondas de calor já vem prejudicando a produção de café nos últimos quatro anos.
“Os produtores estão até ‘esqueletando’ as lavouras, fazendo podas drásticas. Ele conclui que não vale a pena colher 10 sacas; não compensa. Então, ele anula essa produção do ano que vem e não tem o gasto com colheita”, explicou Cesar Castro Alves, gerente da Consultoria Agro no Itaú BBA. A prática de “esqueletar” as lavouras ajuda a planta a se recuperar para uma safra melhor no próximo ano.
Outro fator é uma crise de produção no Vietnã. O país é o maior produtor mundial do café robusta, mas tem enfrentado problemas por causa do clima. Com isso, o Brasil passou a exportar mais, o que fez o preço do grão tipo arábica disparar. O arábica é a variedade mais produzida aqui no Brasil.




