O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu, em 2 de dezembro, as operações de crédito consignado do Agibank. A medida resultou de uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), que revelou irregularidades em contratos, afetando beneficiários.
Foram identificados 1.192 contratos firmados com beneficiários já falecidos. A auditoria também apontou refinanciamentos com taxas de juros inferiores ao teto permitido.
Irregularidades no crédito consignado
As falhas incluem contratos não autorizados e refinanciamentos com juros abaixo de 1,85% ao mês. Mais de 33 mil operações foram registradas com taxas reduzidas, levantando questionamentos sobre a transparência do banco nas suas práticas.
Essas operações, em desacordo com regulações padrão, sinalizam possíveis manipulações para escapar dos controles normais de fiscalização.
Ações imediatas do INSS
O caso foi encaminhado à Polícia Federal e à corregedoria do instituto. O INSS manterá a suspensão até que o processo administrativo esteja concluído, garantindo ao Agibank o direito à defesa.
O banco, em contrapartida, alegou surpresa pela decisão e afirmou seguir protocolos de segurança, incluindo validações biométricas e documentais, ao solicitar acesso aos autos para análise detalhada.
Histórico de problemas
Esta não é a primeira vez que o Agibank enfrenta ações do INSS. Em agosto de 2025, o instituto já havia suspendido o banco por preocupações similares.
Na época, revelações sobre recusa à portabilidade de benefícios e retenção indevida de valores já haviam prejudicado sua imagem. O banco sempre declarou seguir rígidos protocolos de segurança e garantiu correções necessárias quando irregularidades são detectadas.




