A fortuna do falecido apresentador e empresário Silvio Santos foi avaliada em impressionantes R$ 6,4 bilhões, revelados em documentos do inventário aberto após sua morte em 17 de agosto de 2024. Esse montante é significativamente maior do que as estimativas anteriores, que situavam sua riqueza em cerca de R$ 1,6 bilhão.
As novas informações, detalhadas durante o processo judicial em andamento, destacam a complexidade de seu legado financeiro, composto por empresas, imóveis e recursos mantidos em sigilo, especialmente nas Bahamas.
Ações judiciais e disputas fiscais
O processo na Justiça de São Paulo busca esclarecer o valor exato da herança e liberar fundos bloqueados devido a disputas tributárias. Os herdeiros enfrentam uma cobrança de R$ 17 milhões em Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) sobre R$ 429 milhões depositados na Daparris Ltd., uma empresa com sede nas Bahamas.
A perícia foi solicitada para validar a cobrança, uma vez que o montante está fora do Brasil e, teoricamente, isento da legislação tributária local.
Composição do espólio
O inventário de Silvio Santos revelou que sua fortuna está distribuída entre ativos como o SBT, Jequiti e Liderança Capitalização, controladora da Tele Sena. Parte significativa dos bens estava sob a administração de holdings internacionais, longe do alcance das estimativas públicas anteriores.
O empresário era visto principalmente como apresentador, mas exerceu um papel estratégico no desenvolvimento de um extenso conglomerado.
A Justiça de São Paulo determinou que uma equipe independente conclua, em até 60 dias, uma avaliação dos ativos. Esse laudo confirmará o valor total do patrimônio e poderá influenciar disputas fiscais, devolvendo os valores depositados pela família.




