Infelizmente, o poder de compra dos brasileiros não parece que vai melhorar esse ano. Segundo economistas do UBS BB, a inflação brasileira deve continuar acima do teto da meta do Banco Central (BC) até março do ano que vem. O principal medidor da inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou fevereiro em 5,06%. A projeção é que ele chegue a 5,5% em abril e feche o ano de 2025 em 5%.
“Apesar da desaceleração para 5% que esperamos durante o ano (abaixo do consenso de 5,7%), a inflação deve permanecer acima do limite superior da meta (4,5%) pelos próximos 12 meses”, afirmaram os economistas Alexandre de Azara, Fabio Ramos e Rodrigo Martins, ao MoneyTimes.
A inflação também continua impactando o preço dos alimentos. “Os preços globais mais altos de alguns produtos estão incentivando as exportações do Brasil, como carne, e aumentando os preços localmente”, explicaram os economistas. “Prevemos que a inflação de alimentos permaneça entre 7% e 8% durante a maior parte de 2025 e desacelere para 5,5% a 6,0% no quarto trimestre”, prevê o grupo.
Governo lança medidas para tentar abaixar preço de alimentos
A inflação no preço dos alimentos foi uma das grandes preocupações dos brasileiros em 2024 e um dos principais motivos da diminuição da popularidade do governo Lula. Com isso, o governo anunciou uma série de medidas para tentar combater essa inflação.
A principal foi zerar a tarifa de importação de produtos como café, carne, milho e óleo de girassol. “O governo está abrindo mão de imposto, deixando de arrecadar, para favorecer o consumidor”, afirmou o vice-presidente, Geraldo Alckmin.
Outra medidas são recomendar aos estados que diminuam os tributos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), reforçar os estoques da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e estimular a produção de alimentos da cesta básica por meio do Plano Safra.