Não é uma novidade que houve um aumento considerável em alguns alimentos neste ano e, segundo a prévia da inflação de março, que chegou a 0,64% e é a maior para o mês desde 2023, novamente alguns produtos vão sofrer reajustes, ficando ainda mais caro no bolso do consumidor. De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, foi apontado um acúmulo de 5,26% em 12 meses, superando o teto da meta da inflação de 4,5%.
Por causa disso, alguns produtos populares dispararam no mercado a 1,09% no período, enquanto que os transportes subiram 0,92% e as despesas pessoais somaram 0,81%. Entre eles, está o café, um produto consumido nacionalmente que sofreu um acréscimo de 8,53% no mercado. Mas, além dele, outros produtos também passaram pela mesma situação.
Confira abaixo alimentos que ficaram mais caros em março de 2025
- Ovo de galinha: 19,44%;
- Tomate: 12,57%;
- Café moído: 8,53%;
- Cinema, teatro e concertos: 7,42%;
- Passagem aérea: 7,02%;
- Alface: 6,53%;
- Cheiro-verde: 4,9%;
- Cebola: 4,32%;
- Óleo diesel: 2,77%;
- Chocolate e achocolatado em pó: 2,67%.
Entenda os motivos do café ter ficado mais caro
Não é só no Brasil que o café ficou mais caro, pois o preço mundial também teve um reajuste de até 38,8% em 2024 na comparação com a média do ano anterior, segundo dados do relatório publicado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Assim como nas safras brasileiras, os problemas climáticos estão atingindo diversas regiões, prejudicando a oferta e corroendo os estoques globais.
Há duas semanas, o preço do café arábica, por exemplo, se elevou em 70% na bolsa Intercontinental Exchange (ICE) no ano passado e mais de 20% até agora neste ano. As projeções sobre o preço do café moída brasileiro depende de fatores climáticos para saber como será os próximos meses, na esperança de que haja uma melhora nas safras.