Calma, investidores de Bitcoin, entre outros ativos do mundo cripto. As criptomoedas, no geral, ainda são permitidas no Brasil. A má notícia é para quem investiu em um projeto específico: a criptomoeda $EIKE, lançada pelo empresário e ex-bilionário Eike Batista.
Na semana passada, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou a suspensão da oferta da criptomoeda por eles não possuírem autorização da Comissão para atuar como ofertantes de valores mobiliários ao público brasileiro. “Caso a determinação da CVM não seja adotada, os participantes e pessoas que venham a ser identificadas como envolvidas nos atos irregulares estarão sujeitos à multa cominatória diária no valor de R$ 100 mil”, alerta a Comissão.
Além de Batista, o projeto conta com outros participantes:
- Luis Claudio Silva Rubio;
- Sizuo Matsuoka;
- Ebx Digital LLC;
- BRXE Global Holdings LLC;
- BRXE Brasil Holdings Ltda;
- BRXE USA Holdings LLC;
- BRXE Dubai Holdings LLC.
O aviso publicado pela CMV ainda alerta para que, caso você recebe alguma proposta de investimento dos citados, deve entrar em contato com a Comissão por meio do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC).
Saiba mais sobre a criptomoeda de Eike Batista
O token $EIKE foi lançado no mercado em fevereiro desse ano. Eike Batista explicou que o lançamento era uma forma de levantar até US$ 100 milhões para investir, segundo o empresário, em uma fábrica de bioplástico na Flórida, nos Estados Unidos, e no cultivo de uma variedade geneticamente modificada de cana-de-açúcar, que seria capaz de produzir mais etanol e biomassa do que as variedades convencionais.
O InvestNews fez uma reportagem sobre o lançamento, revelando que os principais parceiros de Batista no projeto acumulam “um histórico de promessas não cumpridas e denúncias de calote“. “Zayed já anunciou megainvestimentos em países como Turquia e Tunísia, que nunca se concretizaram. Renato Costa, por sua vez, já falou em investir até US$ 350 milhões para comprar ativos ligados a Eike fazer outros investimentos no Brasil”, revela o site. Além disso, especialistas do agronegócio já colocaram em xeque a viabilidade da variedade de cana-de-açúcar mencionada no projeto, sendo considerada “inviável do ponto de vista econômico“.




