A Federação de Futebol do Catar surpreendeu o mundo do futebol nesta semana ao anunciar a contratação do técnico espanhol Julen Lopetegui, ex-Real Madrid e seleção espanhola. Aos 58 anos, ele chega para substituir o compatriota Luis García, demitido após uma derrota por 3 a 1 para o modesto Quirguistão, em partida válida pelas Eliminatórias da Ásia para a Copa do Mundo de 2026.
O novo contrato de Lopetegui vai até 2027, cobrindo toda a campanha catariana nas Eliminatórias e, caso avance, a preparação para o Mundial. Em vídeo divulgado nas redes sociais da seleção, o treinador afirmou estar “pronto para o desafio”.
Trajetória marcada por altos e baixos
Livre no mercado desde janeiro, quando deixou o West Ham após apenas 22 jogos e uma campanha fraca na Premier League (apenas seis vitórias), Lopetegui tenta se reconstruir no cenário internacional. Ele também comandou Sevilla, onde conquistou a Liga Europa, e teve uma passagem breve e turbulenta pelo Real Madrid em 2018.
Sua única experiência anterior em seleções foi justamente à frente da Espanha, entre 2016 e 2018. Apesar de classificar a equipe à Copa da Rússia, acabou demitido dois dias antes da estreia no torneio, após aceitar o convite para treinar o Real Madrid — o que gerou forte reação da federação espanhola.
Missão: reerguer o Catar
Após sediar a Copa de 2022, o Catar tenta se manter relevante no cenário mundial. A seleção não garantiu vaga direta para o Mundial de 2026 na primeira fase das Eliminatórias, mas ainda disputa outras etapas classificatórias. A chegada de Lopetegui é vista como uma tentativa de elevar o nível técnico da equipe e reforçar o projeto internacional do país, que vem investindo pesado no esporte.
Com currículo que mistura títulos e polêmicas, o espanhol terá a missão de transformar um elenco em reconstrução em uma equipe competitiva a nível global — e recuperar também sua própria reputação como treinador.
			



