Normalmente, associamos o ato de chorar à tristeza, mas não é incomum ver pessoas chorando em eventos felizes, como casamentos e nascimentos. As “lágrimas de felicidade” parecem contraditórias, mas são uma forma de entendermos como o cérebro humano lida com fortes emoções.
Antes de tudo, vamos entender. Afinal, por que você chora? A Revista Galileu explica que o choro é uma resposta biológica a uma sobrecarga emocional, uma tentativa do seu cérebro de processar essas emoções.
Na hora de processar sentimentos e memórias, o seu cérebro ativa o sistema límbico. Só que, nessa hora, o cérebro não tem como distinguir entre emoções positivas ou negativas. Muita alegria ou muita tristeza têm o mesmo efeito: sobrecarga no seu cérebro.
Dentro do sistema límbico, temos a “amígdala – um aglomerado de neurônios em formato de amêndoa – [que] atua como um alarme emocional”, explica a Galileu. Quando é muito estimulada, a amígdala ativa outras partes do cérebro, como o hipotálamo, responsável por funções involuntárias, como batimentos cardíacos e, é isso mesmo, as lágrimas.
Lágrimas de alegria
Além disso, lágrimas de alegria raramente são apenas de alegria. Normalmente, elas são uma respostas a um estado emocional mais confuso, em que tristeza e felicidade se misturam e se confundem. “Um pai ou uma mãe que assiste à formatura do filho pode sentir orgulho, nostalgia e um pouco de melancolia ao mesmo tempo”, exemplifica a Galileu.
Os psicólogos se referem a esse fenômeno como uma resposta de dupla valência, um estado emocional que mistura positivo e negativo. Esse estado também envolve processos de memória, processados pelo hipocampo, o que também pode causar aquele nó na garganta.