Três grandes asteroides cruzaram o espaço próximo à Terra em velocidades impressionantes — ultrapassando 20 mil km/h nesta sexta-feira (6). Apesar da magnitude desses objetos celestes, a NASA tranquilizou a população e descartou qualquer risco iminente de colisão.
O maior deles, identificado como 424482 (2008 DG5), possui cerca de 400 metros de diâmetro (o equivalente a quatro campos de futebol) e passou a uma distância de 3,5 milhões de quilômetros da Terra — uma margem segura, segundo a agência americana.
Além do 2008 DG5, outros dois corpos celestes menores também foram detectados nesta aproximação:
- 2025 LD, com aproximadamente 22 metros de diâmetro, passou a uma distância de 1,1 milhão de quilômetros, a mais de 24 mil km/h.
- 2025 KY4, menor ainda, com 13 metros de diâmetro, cruzou o espaço a 1,72 milhão de quilômetros da Terra.
Esses três objetos foram classificados como NEOs (Objetos Próximos à Terra), uma categoria que engloba todos os asteroides com órbitas que se aproximam até 120 milhões de km do Sol — podendo, portanto, se aproximar da órbita terrestre.
“Potencialmente perigosos”, mas não ameaçadores
Embora alguns desses objetos recebam a classificação de “potencialmente perigosos” (PHA), isso não significa risco iminente de colisão. Segundo Paul Chodas, gerente do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS), da NASA, essa designação serve para indicar que, em escalas de séculos ou milênios, a órbita desses corpos pode evoluir a ponto de representar um risco.
Atualmente, a NASA monitora mais de 30 mil NEOs, sendo que apenas uma pequena fração possui órbitas que se aproximam a menos de 7,5 milhões de km e têm tamanho suficiente para causar danos significativos caso colidam com a Terra.
Casos anteriores ainda servem de alerta
Em fevereiro deste ano, outro asteroide — o 2024 YR4 — causou preocupação temporária. Inicialmente, estimava-se uma chance de 3,1% de impacto com a Terra em 2032, mas cálculos atualizados reduziram esse risco para apenas 0,004%, praticamente eliminando qualquer ameaça nos próximos 100 anos.
A NASA continua aperfeiçoando as ferramentas de rastreamento e modelagem orbital, incluindo telescópios espaciais como o James Webb, que ajudam a refinar os dados sobre trajetória, diâmetro e composição desses corpos celestes.