A partir de 14 de outubro, passageiros da Gol que optarem pela tarifa Basic em voos internacionais não terão mais direito à tradicional mala de mão — aquela de rodinhas que vai no compartimento superior da cabine.
Nessa categoria, será permitido levar apenas um item pessoal (mochila ou bolsa) de até 10 kg, com dimensões máximas de 43 cm x 32 cm x 22 cm, desde que caiba embaixo do assento à frente. Quem quiser embarcar com a mala de mão terá que pagar pela inclusão em outra tarifa.
Segundo a companhia, a novidade busca oferecer “uma tarifa mais acessível” em rotas internacionais e segue a lógica das aéreas de baixo custo (low cost), que já atuam no Brasil.
Tarifas internacionais da Gol
Com a mudança, os bilhetes passam a ter cinco opções:
- Basic: apenas item pessoal.
- Light: item pessoal + mala de mão.
- Classic: inclui bagagem de mão e serviços extras.
- Flex: bagagem de mão, despachada e remarcação mais flexível.
- Premium Economy: mais espaço, prioridade de embarque e reembolso integral em caso de cancelamento antecipado.
Neste ano, a Basic estará disponível em voos com origem no exterior e, no Brasil, apenas na rota Rio de Janeiro (Galeão) – Montevidéu (Uruguai).
Comparação com concorrentes
O movimento da Gol segue o que já fazem companhias como Latam, Flybondi, JetSmart e Sky Airline.
Na Latam, por exemplo, um teste de compra para a rota Rio–Buenos Aires mostrou diferença de R$ 54,42 entre a tarifa Basic (só item pessoal) e a Light (com mala de mão). Já o salto para a tarifa Full, que inclui mala despachada, chega a quase R$ 200 a mais.
Impacto para o passageiro
A medida deve gerar polêmica entre viajantes, já que, tradicionalmente, a mala de cabine sempre esteve incluída no valor da passagem. Por outro lado, especialistas afirmam que a segmentação pode baratear o bilhete para quem viaja leve, ao mesmo tempo em que pressiona quem não abre mão de levar a bagagem.
Mateus Pongeluppi, vice-presidente Comercial da Gol, defendeu a estratégia:
“A evolução das famílias de tarifas representa uma forma inteligente de dar liberdade ao viajante, que pode escolher as soluções que precisa ou não na hora de viajar com a gente.”