Mesmo com o reajuste salarial e de benefícios implementado no início do mês, o auxílio-alimentação dos servidores do Executivo é consideravelmente menor do que o dos seus colegas do Judiciário e do Legislativo. De acordo com o EXTRA, essa diferença chega a 78%, o que incomoda bastante os dirigentes sindicais do executivo, que colocam a pauta do auxílio-alimentação como prioridade a negociar com o governo federal.
Atualmente, o auxílio dos servidores do Executivo é de R$ 1.000, enquanto o dos servidores do Judiciário e do Legislativo chega a R$ 1.784,42. Ao EXTRA, o advogado especialista em administração pública Alexandre Prado afirmou que essa disparidade nã se justifica. “Não parece justo não ser equiparado, tendo em vista que o gasto para se alimentar é assemelhado, independentemente do Poder que o servidor está vinculado”, comentou o advogado.
O governo federal já fez um reajuste para diminuir essa disparidade, que era ainda maior. A partir de maio, os benefícios dos servidores do Executivo ganharam um reajuste de 51%, com o auxílio-alimentação subindo de R$ 658 para R$ 1.000.
“Estamos conversando com o governo, buscando ampliar a representatividade e garantir que as propostas sejam atendidas de forma justa e rápida”, afirmou Rudinei Marques, presidente do Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate). Na avaliação de Marques, o governo tem se mostrado aberto a negociar.
No entanto, o dirigente do Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais), João Paulo Ribeiro, critica a “falta de respostas concretas”. “O governo está mais ouvindo e não dá retorno. A falta de respostas concretas é algo que dificulta muito a nossa mobilização”, declarou.
Servidores também pedem criação do auxílio-nutrição
Outra reivindicação dos servidores é a criação de um auxílio-nutrição, especificamente para os servidores aposentados e pensionistas, que têm uma diminuição de até 30% na renda por causa da taxação da aposentadoria (e do fim dos outros benefícios).