Na última quarta-feira (10), a Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou um avião da Venezuela que entrou no espaço aéreo brasileiro com um carregamento de aproximadamente 380 kg de maconha, mais especificamente, de skunk, uma variedade apelidada de “super maconha”.
A aeronave era um avião bimotor, que foi identificado pelos radares brasileiros por volta das 9h de ontem. Apesar de ter sido interceptado por caças da FAB, o piloto do avião da Venezuela não acatou as ordens dos militares. Segundo a Polícia Federal, “o piloto interceptado desceu de forma não colaborativa até próximo à copa das arvores e lançou a própria aeronave nas águas da represa de Balbina”.
Isso aconteceu nas proximidades do município de Presidente Figueiredo, Amazonas, a cerca de 121 km da capital Manaus. Agentes da PF chegaram ao local em helicóptero e encontrar os 380 kg da droga no veículo.
“A ação faz parte da Operação Ágata Ostium, integrada ao Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), reforçando a atuação conjunta da FAB e dos órgãos de segurança pública no combate a ilícitos e na garantia da soberania do espaço aéreo brasileiro”, afirmou a FAB, em nota.
Por que skunk é conhecido como super maconha?
O skunk é resultado de cruzamento genético de diferentes espécies da cannabis sativa, a planta da maconha. Esse cruzamento resultou em uma concentração bem mais alta de THC (tetraidrocanabinol), substância que é o princípio psicoativo da droga. Na maconha convencional, o percentual de THC não chega a 3%, enquanto, no skunk, ele é de 14%.
Isso resulta em uma droga com efeitos bem mais potentes, daí o apelido de super maconha.