Milhões de brasileiros foram surpreendidos, na manhã desta segunda-feira (29), com dificuldades para usar o Pix, sistema de pagamentos instantâneos que já se tornou parte essencial do dia a dia do país. Relatos de instabilidade se multiplicaram nas redes sociais e em plataformas de monitoramento, afetando clientes de grandes bancos e fintechs.
De acordo com o site DownDetector, que acompanha falhas em serviços digitais, as primeiras queixas começaram por volta das 11h, com pico de mais de 9 mil registros de problemas em menos de meia hora. Termos como “Pix fora do ar” e “instabilidade no Pix” também dispararam nas buscas do Google.
Entre as instituições mais citadas pelos usuários estavam Itaú, Santander, Bradesco, Nubank, Banco do Brasil e Mercado Pago. Em resposta a clientes, parte dos bancos confirmou oscilação temporária no sistema.
O que disse o Banco Central
No início da tarde, o Banco Central (BC) confirmou que o Pix apresentou falhas técnicas relacionadas ao mecanismo de consulta às chaves. “O Banco Central atuou prontamente e a intercorrência já foi sanada”, afirmou a instituição em nota.
O Bradesco foi o primeiro a anunciar a normalização do serviço, seguido por outros bancos. Até o fim da tarde, o sistema já estava funcionando dentro da normalidade.
O impacto do Pix no Brasil
Criado em 2020, o Pix se consolidou como o principal meio de transferência de recursos no país, presente em 168 milhões de contas e movimentando cerca de R$ 2,5 trilhões por mês. Hoje, quase 75% da população brasileira utiliza o sistema.
Segundo o próprio BC, o Pix já responde por quase metade de todas as transações financeiras no Brasil, superando cartões de crédito e débito. Por isso, qualquer instabilidade — mesmo que breve — gera forte repercussão entre usuários.