Popularmente conhecida como “Capital dos Anões”, a cidade de Itabaianinha, no Sergipe, a cerca de 120 da capital Aracaju, ficou conhecida por ter um número incomum de moradores com nanismo. Mas o que explica a cidade ter tantos moradores com essa condição, que, de acordo com estimativas, atinge apenas uma pessoa a cada 10 mil habitantes no Brasil?
Por que a Capital dos Anões tem tantos moradores com nanismo?
O motivo está na história de Itabaianinha, mais especificamente, no povoado rural de Carretéis. Como explica o NSC Total, esse pequeno povoado era distante e tinha pouca interação com outras comunidades. Nesse tipo de comunidade pequena, os casamentos consanguíneos, entre primos, por exemplo, são bastante comuns.
E são justamente esses casamentos os “culpados” pela cidade ter ganhado a fama que tem. O fator genético é um dos principais do nanismo e os casamentos consanguíneos, com pouco variedade genética, ajudaram a propagar uma linhagem com predisposição genética para o nanismo pituitário, a Deficiência Isolada do Hormônio (DIGH).
“Pesquisas indicam que a frequência fenotípica da DIGH no povoado de Carretéis chegou a ser de um para cada trinta e duas pessoas, um índice extremamente elevado em comparação com a média mundial”, explica o NSC Total.
Além da altura, o que define nanismo?
De acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde, outras características comuns de quem tem essa condição são:
- pernas e braços curtos;
- cabeça grande (macrocefalia), com testa proeminente e achatamento na parte de cima do nariz;
- dedos curtos e grossos;
- mãos pequenas;
- pés planos, pequenos e largos;
- arqueamento das pernas;
- mobilidade comprometida na articulação do cotovelo;
- cifose e lordose (problemas de curvatura na coluna vertebral) acentuadas;
- deslocamento da mandíbula para a frente;
- desalinhamento dos dentes;
- demora para começar a caminhar, o que pode ocorrer entre os 18 e os 24 meses de idade.




