Com o preço da carne bovina em alta, consumidores têm buscado opções mais acessíveis nos açougues sem abrir mão do valor nutricional. Entre as alternativas, o filé-mignon suíno desponta como uma das escolhas mais econômicas, suculentas e ricas em proteína, segundo especialistas em nutrição.
A carne suína, historicamente cercada de mitos e preconceitos, vem ganhando novos olhares. Além de custar menos do que muitos cortes bovinos, o filé-mignon suíno se destaca por ser macio, ter baixo teor de gordura saturada e oferecer proteínas de alta qualidade.
Dependendo do corte, a carne de porco pode ser tão magra quanto o frango, além de fornecer vitaminas do complexo B — como B1, B6 e B12 — fundamentais para o metabolismo, a produção de energia e o bom funcionamento do sistema nervoso.
Entre os benefícios apontados por especialistas estão a maior saciedade, o auxílio no controle de peso e o bom aporte de minerais essenciais para a saúde.

Como preparar sem perder os benefícios
Algumas técnicas ajudam a preservar a suculência e o sabor:
- Deixar a carne marinando por pelo menos duas horas com alho, limão, azeite e temperos leves;
- Evitar cozinhar demais, para que a carne não fique seca;
- Selar o corte antes de assar ou grelhar, mantendo os sucos internos;
- Usar temperaturas mais baixas no forno (entre 150 °C e 160 °C) em preparos mais longos.
Do açougue à alta gastronomia
A modernização das granjas e os avanços nos controles sanitários também contribuíram para a valorização da carne suína. Hoje, tanto grandes produtores quanto pequenos criadores oferecem cortes de alta qualidade, que já permitem, inclusive, preparações cruas, como o tartar servido por chefs renomados em menus-degustação.
O reflexo disso aparece no consumo: o brasileiro, que em 2015 consumia menos de 15 quilos de carne suína por ano, passou para 18 quilos per capita em 2021. O porco deixou de ser exclusividade da cozinha caipira e conquistou espaço nos churrascos e nas mesas da gastronomia contemporânea.




