Ter um passaporte de Singapura é, literalmente, ter o mundo à disposição. O documento do país asiático foi eleito o mais poderoso do planeta segundo o Henley Passport Index 2025, ranking global que mede o número de destinos que cada nacionalidade pode visitar sem necessidade de visto prévio.
De acordo com o levantamento, o passaporte de Singapura garante entrada livre em 193 países, praticamente todos os reconhecidos pela ONU. Essa marca coloca a cidade-Estado no topo do índice, à frente de nações tradicionalmente fortes em mobilidade internacional, como Coreia do Sul e Japão, que aparecem em segundo e terceiro lugares, com acesso a 190 e 189 países, respectivamente.
O ranking da consultoria Henley & Partners, divulgado em julho, avalia a “liberdade de mobilidade” dos cidadãos com base nos dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). Quanto maior o número de países acessíveis sem visto, mais alto é o poder do passaporte.
O documento de Singapura, que já havia liderado a lista no ano anterior, consolida-se como símbolo de prestígio e estabilidade internacional. A força diplomática do país e seus acordos bilaterais explicam parte desse sucesso.
Logo atrás, Coreia do Sul e Japão ocupam as primeiras posições asiáticas, seguidos por um bloco europeu formado por Alemanha, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Irlanda e Itália, com acesso a 189 destinos. O top 5 é completado por Áustria, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Noruega, Portugal e Suécia, cujos passaportes permitem viajar sem visto para 188 países.
E o Brasil?
O passaporte brasileiro também obteve um bom desempenho no ranking de 2025, ocupando a 16ª posição — empatado com Argentina e San Marino. Brasileiros podem visitar 170 países sem a necessidade de visto, o melhor resultado já registrado pelo país desde que o índice foi criado.
O documento verde-amarelo garante entrada facilitada em destinos como Alemanha, Espanha, Portugal, Japão, Coreia do Sul e Angola, além de todos os países do Mercosul. No entanto, o acesso continua restrito à América do Norte, onde ainda é exigido visto tanto para os Estados Unidos quanto para o Canadá.
Na América do Sul, o Chile lidera o ranking regional, na 14ª posição, com entrada livre em 176 países.
A disputa dos passaportes mais fortes
O ranking global reflete também mudanças geopolíticas. Os Estados Unidos, por exemplo, caíram para o 12º lugar, a primeira vez em duas décadas que o país fica fora do top 10, com acesso sem visto a 180 destinos. No extremo oposto, o Afeganistão segue com o passaporte menos poderoso do mundo, permitindo entrada em apenas 24 países.
Criado em 2005, o Henley Passport Index é considerado o levantamento mais completo sobre mobilidade global, sendo atualizado trimestralmente.