As tiny houses, ou minicasas, vêm conquistando cada vez mais brasileiros interessados em um estilo de vida simples, econômico e sustentável. Com metragem máxima de 50 m², elas otimizam o espaço com projetos funcionais e, em alguns casos, até oferecem mobilidade total. No Brasil, quatro modelos já são reconhecidos legalmente e se adaptam a diferentes necessidades e orçamentos — com preços que começam em R$ 50 mil e podem chegar a R$ 400 mil.
A Tiny House Fixa é construída sobre fundações, exige aprovação da prefeitura e pagamento de IPTU, funcionando como uma casa tradicional em menor escala. Com até 37 m², é indicada para quem já possui terreno e busca estabilidade.
A mais popular, porém, é a Tiny House sobre Rodas, que não precisa de terreno, pois é montada sobre um reboque. Emplacada, mas sem cobrança de IPVA ou IPTU, ela é a escolha de quem quer liberdade de deslocamento ou investir em aluguel por temporada. O valor inicial é de R$ 90 mil.
Outro modelo é a Tiny House Transportável, que combina conforto fixo e possibilidade de deslocamento eventual. Ela requer terreno e pagamento de IPTU, com preços entre R$ 80 mil e R$ 400 mil. Já a Tiny House Truck — também chamada de motor casa — converte ônibus, caminhões ou vans em residências móveis, com cobrança de IPVA, ideal para viajantes que querem autonomia total.
O movimento, que tem forte presença na Alemanha, onde mais de 75 mil pessoas demonstram interesse, também cresce em países como a Austrália, apesar de enfrentar barreiras regulatórias. Lá, muitas prefeituras ainda classificam casas sobre rodas como caravanas, dificultando a moradia permanente.
No Brasil, a tendência avança em áreas urbanas e rurais, com empreendimentos que reúnem comunidades inteiras de minicasas. Para muitos moradores, as vantagens — como redução de custos, impacto ambiental menor e sensação de comunidade — superam os desafios. E, diante dos preços cada vez mais altos de imóveis convencionais, as tiny houses surgem como alternativa real para quem deseja viver com menos, mas com qualidade.