Nesta quinta-feira (18), um grupo de cinco senadores dos Estados Unidos apresentaram uma resolução para tentar reverter o chamado “tarifaço”, as taxas de 50% sobre os produtos brasileiros anunciadas pelo governo Trump e que tiveram como uma das motivações o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Senados dos EUA propõem acabar com tarifaço
“As tarifas do presidente Trump sobre produtos brasileiros, que ele impôs para tentar impedir a perseguição no Brasil contra um de seus amigos, são revoltantes”, declarou o senador democrata Tim Kaine, do estado da Virgínia.
“Quando esta legislação chegar ao plenário do Senado, aconselho meus colegas de ambos os lados do espectro político a defenderem o princípio de que nossa política econômica deve ser feita pensando no melhor interesse dos americanos — e não em pequenas vinganças pessoais”, continuou o parlamentar, de acordo com matéria do Valor.
Além de Kaine, os parlamentares que assinaram a ata foram os democratas Chuck Schumer, Jeanne Shaheen, Ron Wyden e o republicano Rand Paul. Lembrando que o Senado dos Estados Unidos conta com 100 membros, dos quais atualmente são 53 republicanos, 47 democratas e 2 independentes.
Trump anunciou o tarifaço sobre o Brasil usando como justificativa a Lei de Poderes Econômicos Emergenciais Internacionais (IEEPA, na sigla em inglês), que permite que o presidente regule atividades econômicas diante de ameaças “extraordinárias”.
O republicano Rand Paul, que até concorda com as falas de Trump sobre a “caça às bruxas” contra Bolsonaro, afirmou que o presidente não tem autoridade para impor tarifas de forma unilateral. “A política comercial pertence ao Congresso, não à Casa Branca”, afirmou o senador.